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NOTÍCIA

Famato avalia como positivo PAP 2014/2015

Data: Terça-feira, 20/05/2014 00:00
Fonte: Da Assessoria

Para a safra 2014/2015 os produtores rurais do Brasil terão acesso a R$ 156,1 bilhões do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) anunciado na segunda-feira (19/05) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O volume é 14,7% superior em relação ao ciclo 2013/2014, quando foram disponibilizados R$ 136 bilhões. Para a Federação da Agricultura e Pecuária (Famato) o novo plano é positivo para o setor.

 

Entre as demandas enviadas pelo setor produtivo de Mato Grosso ao Mapa, responsável pela elaboração do plano, dois pedidos foram atendidos integralmente e outros quatro parcialmente.

 

“O aumento do volume de recursos foi positivo e a criação de novas linhas de crédito para a pecuária também, conforme o setor produtivo solicitou ao Mapa. Os juros subiram nominalmente, mas comparado com a taxa Selic está menor do que na safra passada”,avaliou o presidente da Famato, Rui Prado.

 

Neste novo plano, merecem destaques os financiamentos para aquisição de animais para engorda em regime de confinamento; para retenção de matrizes (com até três anos para pagamento) e para aquisição de matrizes e reprodutores com limite de R$ 1 milhão por beneficiário, com até cinco anos para pagamento, sendo dois de carência.

 

A obrigatoriedade da contratação do seguro rural foi postergada para 1º de julho de 2015 nas operações de custeio agrícola feitas por médios produtores. Esta medida foi considerada positiva pelo setor. No entanto, por outro lado, Prado avaliou como um “ponto fraco” a falta de divulgação das mudanças na cobertura das apólices do seguro rural: “Foi positivo postergar o prazo, mas não foi anunciada mudança na cobertura das apólices. O seguro ainda não está adequado à realidade do produtor rural. Na forma como está é necessário uma revisão. Embora isso seja feito futuramente, conforme foi anunciado, nós estávamos aguardando por isso”, opinou.

 

Plano ABC – O governo federal pretende instituir a Política Nacional de Florestas Plantadas no âmbito do Mapa. Entre as ações previstas para estimular o setor estão investimentos em pesquisa, assistência técnica e extensão rural, além de crédito específico para fomentar a prática – como já ocorre atualmente pelo Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), que financia em até 15 anos (sendo seis anos de carência) a implantação e manutenção de florestas comerciais.

 

Outra novidade é que o Moderfrota foi revitalizado, com taxas de juros reduzidas de 5,5% para 4,5% para produtor que tem renda bruta anual até R$ 90 milhões para aquisição de máquinas agrícolas novas. Para quem tem renda bruta anual acima de R$ 90 milhões a taxa de juros é de 6% ao ano. Além disso, o Moderinfra teve aumento dos limites de crédito individuais de R$ 1,3 milhão para R$ 2 milhões e coletivos de R$ 4 milhões para R$ 6 milhões para projetos de infraestrutura elétrica e para a reserva de água, além dos sistemas de irrigação na(s) propriedade(s).