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NOTÍCIA

Luciane Bezerra se licencia da AL e dá lugar a Pandolfi para visitar bases com Taques

Data: Quinta-feira, 08/05/2014 00:00
Fonte: Laura Petraglia/ Olhar Direto

Pela segunda vez nesta legislatura, o suplente de deputado estadual Márcio Pandolfi (PDT) reassume vaga na Assembleia Legislativa, desta vez no lugar de Luciane Bezerra (PSB). Ele é primeiro suplente da coligação PPS, PDT, PSB formada na eleição de 2010. Há um ano ele havia ocupado o cargo no lugar do deputado Zeca Viana (PDT-MT).



Luciane se licenciou por 121 dias para tratar de assuntos pessoais. Neste período deve aproveitar para viajar ao interior do estado e visitar suas bases eleitorais juntos ao senador e pré-candidato ao governo, Pedro Taques (PDT). A deputada já trabalha para ascender à Câmara Federal, enquanto o marido dela, o ex-prefeito de Juara Oscar Bezerra, trabalha para se eleger deputado estadual.



O parlamentar reforça a bancada da oposição no parlamento estadual e já sinaliza que vai atuar fortemente na fiscalização do Executivo, como têm feito Zeca e os deputados críticos ao governo Silval Barbosa (PMDB). O PDT passa a ter dois deputados na Assembleia.



Como da outra vez quando assumiu a vaga, Pandolfi propõe fiscalizar recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), as "obras superfaturadas" do governo e convênios relativas à Copa. 



Operação de Polícia Federal

Na manhã de hoje a Polícia Federal fez apreensão de documentos, durante a “Operação Kalupsis”, na casa de Orivaldo Bezerra, em Juara (634 km a Noroeste de Cuiabá), pai Oscar Bezerra e sogro de deputada estadual Luciane Bezerra (PSB). Policiais também foram à casa de Juliano Garutti, genro de Orivaldo.



Bezerra possuiu atividade madeireira em Juara e na Gleba Conselvan, em Aripuanã, onde a PF investiga exploração ilegal de madeira. Ainda não há informações oficiais sobre a suposta participação deles nos crimes ambientais identificados na investigação. Segundo os federais, pelo menos nove pessoas devem ser presas por extraírem toras de áreas indígenas e acobertar com créditos florestais fictícios.



Conforme as fontes de Olhar Direto, o esquema funcionaria da seguinte maneira: as toras eram retiradas da área indígena (inclusive em conluio com alguns índios) e levadas durante a noite para o pátio das serrarias. Nas empresas, a entrada dessas árvores eram “esquentadas” com créditos florestais de projetos de manejo de outras localidades. Assim, depois de serrada, a madeira era vendida com certificação ambiental e podia ser transportada para o Sul e Sudeste do país.