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"Não insistam mais comigo nessa questão de candidatura"

Senador Blairo Maggi diz a jornalistas que não disputará Palácio Paiaguás neste ano

Data: Quinta-feira, 01/05/2014 00:00
Fonte: MIDIA NEWS

O senador Blairo Maggi (PR) afirmou, na tarde desta quarta-feira (30), em entrevista coletiva, que não será candidato ao Governo do Estado neste ano. "Não é desistência, nem recuo. Pois nunca disse que seria candidato. É uma ratificação do que sempre disse", afirmou.



Na sede do Grupo Amaggi, em Cuiabá, ele fez uma série de pontuações sobre a sua decisão, e reiterou que não cederá às pressões de aliados para mudar de ideia.



"Não tem novidade no que estou dizendo. Só quero dizer para a toda a imprensa, com um discurso único: não disputarei as eleições. Me sinto absolutamente à vontade, não me sinto obrigado a disputar. Também não estou segurando o processo eleitoral, como dizem alguns. Fico à vontade, porque, desde 2010, tenho dito isso. Desde aquela ocasião, fiz um comunicado a toda as lideranças no Estado, e em nível federal também: de que não iria disputar eleições. Nunca mudei minha postura e meu discurso", afirmou.



Na coletiva, o senador reiterou que sua decisão se baseou, sobretudo, em questões de "foro íntimo".

 

"Estou há quatro anos fora do Palácio Paiaguás, e ainda não me recuperei da ressaca do Governo, do desgaste"



"Fui governador por dois mandatos. Sei do grau de responsabilidade que é administrar um Estado, da necessidade de estar completamente envolvido nas questões administrativas, de brigar, de ser o mais eficiente possível. E, sinceramente, estou há quatro anos fora do Palácio Paiaguás e ainda não me recuperei da ressaca do Governo", disse. 



Ele explicou sua falta de interesse pessoal pela disputa, ressaltando que não tem o estímulo necessário.



"Um coisa é ir ao encontro do desconhecido, de brigar, de ganhar ou perder. Outra coisa é ir ao encontro do conhecido. Isso tira o ímpeto, a determinação. Em um eventual terceiro mandato, eu perderia o brio da luta, do convencimento. Porque eu já saberia o que dá e o que não dá, em termos de avanços administrativos", disse.



Pesquisa

Aos jornalistas, Blairo Maggi revelou que encomendou pesquisas de opinião, quantitativas e qualitativas, para aferir sua situação. Segundo ele, os números e análises revelaram seu favoritismo. E que, mesmo diante disso, por mais que seu grupo político tenha se animado, ele não disputará.



"O que temos visto é meu nome bastante forte, com margens muitos boas sobre o segundo colocado. Mas nem isso fez mudar o meu pensamento e a forma como estou conduzindo essa questão", afirmou.



Ele disse que participará da campanha do arco de alianças da situação. "Participarei sim, mas de forma normal. Quem tem que correr, bater perna, viajar, são os candidatos", completou.



Novos nomes

Blairo Maggi também disse que defende "novos nomes" na política e na disputa eleitoral.



"Defendo a tese da renovação. Eu fui o novo em 2002, mas hoje não sou mais. Tenho doze anos na política; sou uma pessoa velha na política", disse.



"Gostaria que todos os partidos lançassem candidatos, o PSD, o PMDB, o PR... É preciso um novo estoque de lideranças", completou.



Sem apoio a Taques

O líder republicano disse que não irá apoiar a provável candidatura do senador Pedro Taques (PDT). 

 

"Eu fui o novo, em 2002, mas hoje não sou mais. Tenho doze anos na política; sou uma pessoa velha na política"



"Falei isso pra ele ontem. Mas não veto que o PR o apoie. Mas o posicionamento do Taques em relação ao Governo Federal complicou. Isso não nos une, nos afasta. Tenho compromissos morais com a presidente Dilma Rousseff", afirmou.



Taques foi um dos maiores apoiadores para a instalação da CPI da Petrobras, que atinge a gestão da presidente.



Pragmático, Maggi disse que não tem preocupação de que o grupo político da qual faz parte perca as eleições e o poder para a oposição, caso ele não dispute.



"Estou tranquilo nesse sentido também; não me sinto pressionado. E acho que o grupo de situação tem condições de lançar uma candidatura com condições de vencer", disse.