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NOTÍCIA

Governo pode fazer novo empréstimo a elétricas em 2015

A alternativa de financiar as distribuidoras por meio da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) ficará como "modelo" para cobrir novos descasamentos de fluxo de caixa

Data: Sábado, 26/04/2014 00:00
Fonte: Mauro Zanatta, do Estadão Conteúdo

Dado Galdieri/Bloomberg

Usina hidrelétrica de Itaipu

Energia: o contrato de R$ 11,2 bilhões entre a CCEE e o pool de dez bancos que vão operar o chamado empréstimo sindicalizado foi assinado nesta sexta-feira

 

Apesar das críticas à operação de socorro financeiro às distribuidoras, o governoafasta a possibilidade de montar um novo empréstimo ao setor elétrico neste ano.


Mas não descarta a hipótese de costurar financiamento semelhante em 2015. "Não há expectativas de mais uma operação para 2014. Não vamos pedir mais aos bancos neste ano. Em 2015, pode haver", informou uma autoridade do governo ao Estado.


A alternativa de financiar as distribuidoras por meio da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) ficará como "modelo" para cobrir novos descasamentos de fluxo de caixa, a exemplo do que foi realizado no setor elétrico.


O contrato de R$ 11,2 bilhões entre a CCEE e o pool de dez bancos que vão operar o chamado empréstimo sindicalizado foi assinado ontem (25). A primeira parcela, que deve ser liberada na segunda-feira, será de R$ 4,8 bilhões. Outras duas parcelas serão creditadas às empresas até o fim do ano.


A engenharia do financiamento, estruturada pelo secretário executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Caffarelli, terá três anos de prazo de pagamento com 12 meses de carência e juros de CDI mais variação de 1,9% ao ano. Os bancos devem ter uma margem de 0,5% ao mês com a operação. Uma parte dos reajustes tarifários da energia previstos para 2015 serão oferecidos como garantias aos financiamentos pelos bancos.


Críticas

Para rebater as críticas à operação, o governo enumera três argumentos, que atenderiam as exigências "de mercado". Primeiro, se as distribuidoras fossem contratar esse volume de recursos no mercado, avalia o governo, pagariam "até duas vezes mais de juros" por causa dos altos riscos embutidos na operação.