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NOTÍCIA

Contas externas têm rombo recorde: US$ 25 bilhões

Remessas de lucros para o exterior sugaram US$ 9 bi do país no 1º tri.

Data: Sábado, 26/04/2014 00:00
Fonte: MONITORMERCANTIL.COM



A relação de trocas de mercadorias e serviços (transações correntes) do Brasil e com o mundo fechou março com rombo de US$ 6,248 bilhões. No primeiro trimestre, o déficit foi recorde: US$ 25,186 bilhões, contra US$ 24,704 bilhões em igual período do ano passado, segundo o Banco Central.



No primeiro trimestre, a maior parte do déficit teve origem na conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros): US$ 10,439 bilhões. A conta de rendas (remessas de lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) ficou negativa em US$ 9,105 bilhões. A balança comercial teve déficit de US$ 6,072 bilhões, nos três primeiros meses do ano.



O ingresso líquido (descontadas as saídas) de transferências unilaterais correntes (doações e remessas de dólares que o país faz para o exterior ou recebe de outros países, sem contrapartida de serviços ou bens) teve saldo de US$ 430 milhões.



Quando o país tem déficit em conta-corrente, fica dependente do investimento estrangeiro ou de empréstimos no exterior.



O investimento estrangeiro direto (IED), teoricamente destinado ao setor produtivo da economia, também significa aumento das futuras remessas de lucros e dividendos. Na prática, porém, o país tem se financiado via capital especulativo, ao elevar juros para atrair aplicações externas em títulos da dívida pública.



Em março, o IED ficou em US$ 4,995 bilhões, fechando o primeiro trimestre em US$ 14,171 bilhões, contra US$ 5,739 bilhões e US$ 13,256 bilhões, em iguais períodos do ano passado, respectivamente.



Os investimentos em carteira (ações e títulos de renda fixa) foram a US$ 6,287 bilhões, em março, e a US$ 12,047 bilhões, em três meses, ante US$ 3,156 bilhões e US$ 7,510 bilhões em iguais períodos de 2013.