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NOTÍCIA

Confira o preparativo dos clubes para o Campeonato Brasileiro 2014

Tem início na semana que vem a competição nacional mais cobiçada pelos times do Brasil. Confira as expectativas, reforços contratados e chances de cada time no Brasileirão

Data: Domingo, 13/04/2014 00:00
Fonte: O FLUMINENSE


Botafogo

Após sonhar por 18 anos com a volta à Copa Libertadores, o torcedor botafoguense, enfim, sentiu o gostinho de participar da principal competição continental. Embalado com a goleada sobre o Deportivo Quito, na fase pré-grupos, e contando com a forte presença de público nos jogos em casa, o Alvinegro começou bem, mas acabou eliminado na primeira fase da competição continental ao perder para o San Lorenzo por 3 a 0 na Argentina. 


Para completar, em nome da Libertadores, o clube praticamente abandonou o Campeonato Carioca e ficou sem a vaga nas semifinais, terminando com a pior campanha de sua história no certame estadual. O somatório das duas eliminações resultou na queda do técnico Eduardo Hungaro, questionado, por boa parte da torcida e dirigentes, desde que foi anunciado como comandante do time na temporada.  


A decisão de efetivar o inexperiente treinador veio em conjunto com o corte de gastos do clube, que enfrenta graves problemas financeiros. Assim, além de perder peças importantes como Oswaldo de Oliveira, Elias, Rafael Marques e o craque holandês Seedorf – que virou treinador do Milan, a reposição veio tardia, tendo como principais nomes os atacantes Tanque Ferreyra e Zeballos e os meias Jorge Wagner e Bolatti.

Agora, o time da estrela solitária corre para anunciar o novo treinador que terá a missão de levar a equipe a uma boa campanha no nacional para tentar apagar triste cenário do primeiro semestre. Além do novo comandante,  o atacante Emerson Sheik  chega para reforçar a equipe até dezembro. A diretoria também procura outros nomes para o plantel.


Campeão em 1968, com Gérson, Manga e Jairzinho, o Botafogo venceu o Brasileirão pela segunda e última vez na edição de 1995. Na ocasião, a equipe comandada por Paulo Autuori, e que tinha Túlio, Donizete, Sérgio Manoel e Wágner, derrotou o Santos na polêmica final. 

 

Jefferson - Sinônimo de proteção à meta alvinegra, o goleiro Jefferson é um dos ídolos do Botafogo. O arqueiro, de 31 anos, é bicampeão estadual pelo clube (2010 e 2013) e, graças às atuações de destaque com a camisa do time de General Severiano, vem ganhando oportunidades na Seleção Brasileira e provavelmente deve integrar o elenco que irá disputar a Copa do Mundo de 2014.

 

Fluminense

Se o torcedor do Fluminense esperava um início de temporada diferente do desfecho da última, o roteiro vem sendo de desgosto. Após escapar do rebaixamento para a Série B nos tribunais, o clube apostou em reforços, mas a resposta em campo segue aquém das expectativas. Com pressão dentro e fora das quatro linhas, o Tricolor das Laranjeiras, do recém-contratado Cristóvão Borges, tenta reescrever um final diferente do ano passado: com vitórias marcantes dentro de campo e não na Justiça.


Ciente de que os resultados acumulados em 2013 foram bem abaixo das expectativas, principalmente em função do time disputar o Campeonato Brasileiro na condição de defender o título conquistado em 2012, a diretoria tricolor decidiu apostar em reforços de peso, repatriando o meia argentino Darío Conca e o artilheiro Walter, que atuava pelo Goiás.


No entanto, o desempenho da equipe não está de acordo com os investimentos, sendo eliminado no Campeonato Carioca pelo rival Vasco nas semifinais e classificado com ressalvas, após perder o jogo de ida na Copa do Brasil para o Horizonte-CE, além do baixo rendimento de alguns jogadores, como Fred.


Em uma medida emergêncial, a diretoria tricolor demitiu Renato Gaúcho e aposta em Cristóvão Borges, que chega com uma faceta de “bombeiro” para o time. Celso Barros, presidente da patrocinadora do clube, já adiantou que não haverá maiores investimentos para o restante da temporada.


Assim, vivendo um sentimento de indefinição sobre seu futuro, o Fluminense mira se reabilitar no Brasileiro para apagar a má fase e reviver novamente o bom momento que marcou a equipe tetracampeã nos últimos anos. 

 

Darío Conca - Discreto fora de campo, mas protagonista dentro dele. Dessa forma pode ser definido o homem que defende a camisa 11 do Tricolor das Laranjeiras: Darío Conca. O meia argentino, principal estrela da campanha que culminou com o título do Brasileirão-2010, voltou ao time para ser novamente o cérebro da equipe. O jogador, no entanto, ainda precisa justificar o investimento da diretoria para repatriá-lo.

 

Flamengo

Atual campeão da Copa do Brasil, eliminado da Libertadores e envolvido na polêmica do Brasileiro de 1987, o Flamengo volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro, sonhando em conquistar seu quarto título nacional nos últimos oito anos. Hexacampeão para sua torcida e penta de acordo com o Superior Tribunal Federal, o Flamengo quer superar a polêmica, esquecer os erros na América e se firmar de vez no cenário nacional em um momento de reconstrução tanto dentro quanto fora de campo, com pagamento de dívidas e um time sem estrelas, porém competitivo.


Com esse pensamento, após um 2013 de altos e baixos, a diretoria apostou em Jayme de Almeida, que implantou o esquema 4-2-3-1 e levou o time a uma arrancada no Brasileirão do ano passado e ao título da Copa do Brasil. Para esta temporada, a base campeã foi mantida com Paulinho, Wallace, Felipe, Léo Moura e Hernane, sendo reforçada com jogadores experientes como Elano e Alecsandro. 


A força do time está no ataque, que foi o melhor do Estadual e ajudou a equipe a conquistar a Taça Guanabara e chegar à decisão do Carioca. No entanto, o grande sonho de consumo dos rubro-negros, a Taça Libertadores, terminou cedo para o Fla, eliminado na fase de grupos da competição continental com derrota para o León no Maracanã. Para superar o trauma, o título nacional que não vem desde 2009, seria uma recompensa para o clube da Gávea. Entretanto, o elenco ainda carece de um meia de origem e um volante que supra a ausência de Elias, contratado pelo Corinthians. Independente da situação, a certeza é de que a torcida rubro-negra apoiará o time, prometendo ser o décimo segundo jogador do Rubro-Negro no Brasileirão. 

 

Léo Moura - Nove anos de serviços prestados ao Flamengo com louvor. Leonardo da Silva Moura, o Léo Moura, capitão e dono da camisa 2 do Rubro-Negro, é um dos grandes ídolos da história recente do clube da Gávea. Campeonato Carioca, Brasileiro e Copa do Brasil. Léo abocanhou todos esses títulos e, em 2014, o veterano de 35 anos mira a conquista de mais um Nacional para imortalizar ainda mais seu belo legado.

 

 

Sport

Considerado pela Justiça como o único campeão brasileiro de 1987, o Sport retorna à elite do futebol nacional, querendo recuperar seu espaço entre as principais equipes. Após o terceiro lugar na Série B do ano passado e de perder a hegemonia estadual para o Santa Cruz, o Leão voltou a rugir forte e pretende surpreender os grandes nesta temporada.

O início de ano foi vitorioso para o time da Ilha do Retiro, que faturou a Copa do Nordeste pela terceira vez na história, animando a sua fanática torcida rubro-negra. Para fazer frente às grandes equipes do Brasil e ao menos seguir na Primeira Divisão, o Sport aposta em “jogadores rodados”, como o zagueiro Durval, o lateral-esquerdo Marcelo Cordeiro, os meias Renan Oliveira e Rithely, e os atacantes Leonardo, Felipe Azevedo e Neto Baiano – goleador e destaque da equipe no primeiro semestre.

O técnico do Leão pernambucano é o novato Eduardo Baptista, filho de Nelsinho Baptista, que fez do rubro-negro de Recife uma equipe com vocação para o gol. 

 

Goiás

Após interessante desempenho no Campeonato Goiano, o Goiás quer mostrar que a boa campanha do ano passado no Campeonato Brasileiro, quando terminou em 6º lugar, não foi em vão. 


Se a máxima de que todo grande time começa por um bom goleiro, a equipe alviverde tem no gol a segurança de Renan, que teve boa atuação no Campeonato Goiano. No ataque, o Esmeraldino não conta mais com o artilheiro Walter, que foi para o Fluminense, mas terá no ressurgimento do meia-atacante Carlos Alberto e no veloz Thiago Mendes, a esperança de passes açucarados para os atacantes da equipe. Além dos meias, o Goiás conta com o faro de gol dos atacantes Araújo e Rychely.


O estádio Serra Dourada promete ser mais um aliado da equipe comandada pelo treinador Claudinei Oliveira. A julgar pelo caldeirão que se transformou durante os jogos do Goiano, a torcida pode ter esperança de vitórias em caso de apoio incondicional ao Goiás. 

 

Figueirense

O Figueirense foi o último time a conseguir subir para a série A no ano passado, com um 4º lugar conquistado com um empate e tropeço dos concorrentes diretos na última rodada. Mas nada que acabe com as expectativas do time do Figueira. Apesar de ser finalista do Campeonato Catarinense, a torcida do Figueira não anda muito satisfeita com o time, isso porque a equipe foi desclassificada precocemente na Copa do Brasil ao perder em casa para o desconhecido Plácido de Castro, do Acre.


O goleiro Neneca é um dos mais criticados da torcida, já que falhou no jogo contra o time acreano. Os experientes meias Marcos Assunção e Vitor Júnior, além dos atacantes Éverton Santos e Ricardo Bueno são a esperança de gols do Figueira.


Resta saber se o Orlando Scarpelli funcionará como um caldeirão a favor ou contra a equipe. 

 

Criciúma

No sufoco. Assim o Criciúma escapou do rebaixamento na sua volta à elite em 2013. Empatado no número de pontos com o Fluminense após o término da 38ª rodada – antes da punição imposta a Portuguesa e Flamengo – o Tigre se salvou apenas no critério de número de vitórias. Esse ano, o pensamento do campeão da Copa do Brasil de 1991 é evitar reviver as fortes emoções na parte de baixo da tabela. E as medidas já foram tomadas. Nada menos que 19 atletas deixaram o clube. No que diz respeito à quantidade, a reposição foi quase no mesmo nível: foram 18 contratados. A maior mudança ocorreu no comando técnico: Ricardo Drubscky deu lugar a Caio Júnior. Dentro de campo, o principal trunfo é o retorno de Paulo Baier. Aos 39 anos, o maior artilheiro da Era dos pontos corridos do Brasileirão terá a missão de liderar o time que ficou conhecido como “Criciúma Dortmund”. 

 

Chapecoense

O Índio de Chapecó quer fazer barulho. Aos 40 anos de existência, a Associação Chapecoense de Futebol chega pela primeira vez à Série A do Campeonato Brasileiro, sonhando em escapar das quatro últimas posições da competição. A equipe, que levou apenas cinco anos para atravessar a ponte entre a Quarta e a Primeira Divisão do País, caminhou a passos largos para a elite, na campanha que lhe rendeu o vice-campeonato da segundona em 2013. No entanto, a atual temporada não começou bem para o Furacão do Oeste de Santa Catarina. Graças ao critério de saldo de gols, o alviverde ficou de fora da etapa final do Campeonato Estadual e acabou tendo que disputar o Hexagonal do Rebaixamento. Mas uma série de nove jogos invictos no certame, somado à classificação para a segunda fase da Copa do Brasil, refez os ânimos do clube que contratou o famoso goleiro Lauro. 

 

Grêmio

Um clube aguerrido, que busca voltar aos tempos de glórias. Esse é o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Campeão do Mundo e Bi da Libertadores, o Tricolor não conquista um título de expressão desde 2001, quando faturou a sua quarta Copa do Brasil. O jejum em Campeonatos Brasileiros é ainda maior: o segundo e último triunfo ocorreu em 1996, na saudosa geração de Danrlei, Adilson Batista, Jardel, Mauro Galvão e Paulo Nunes. O comandante da época era o atual técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari.

Depois disso, o Imortal chegou a frequentar a Série B no ano de 2005 e acumulou várias participações na Copa Libertadores. Hoje, a equipe gaúcha conta com um elenco que mescla a juventude de Luan com a experiência de Zé Roberto e Barcos, além de se orgulhar de uma torcida forte como uma “avalanche”. 

 

Internacional

“Campeão do Mundo e da Libertadores também”. Há pouco tempo, esse era o cântico dos gremistas para cima dos colorados. Mas em quatro anos tudo mudou. Foram dois títulos do principal torneio da América do Sul e uma taça de Clubes da Fifa, no período entre 2006 e 2010. Porém, a fila no Brasileirão segue aumentando. Os únicos títulos do Inter no certame nacional vieram na década de 1970, considerada de ouro para o time que faturou as edições de 75, 76 e 79.


Para este ano, o Colorado terá ao menos três novidades: a volta do técnico Abel Braga, o reformado Estádio Beira-Rio e uma política de mercado um pouco mais modesta. Acostumado a grandes investimentos e resultados longe do esperado, o time de Dida, Juan e D'Alessandro será completado por nomes menos badalados e promessas da base. 

 

Atlético-MG

Atual campeão da Copa Libertadores da América, o Atlético-MG ainda vive um incômodo jejum quando o assunto é o Campeonato Brasileiro, competição da qual não sente o gosto da conquista desde 1971. Por isso, o Galo entra na competição determinado a voltar ao topo do principal torneio do País, principalmente por que o Cruzeiro, seu grande rival, tenta defender o título.


Comandado pelo experiente treinador Paulo Autuori, o Atlético segue apostando na base que conquistou a América na última temporada, com estrelas como Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli, Revér e o goleiro Victor.


O time alvinegro realizou contratações pontuais, como o atacante André (ex-Vasco) e o zagueiro argentino Nicolás Otamendi (ex-Valencia), porém o reforço de maior impacto é o avante francês Nicolas Anelka (ex-West Bromwich-ING). 

 

Cruzeiro

Dono de um campanha irretocável em 2013, o Cruzeiro foi premiado com o título do Campeonato Brasileiro, terceiro em sua história, e entra na competição com as credenciais de ser um dos favoritos a abocanhar novamente a principal competição nacional, apesar da campanha irregular na primeira fase da atual edição da Libertadores da América.


Para chegar ao tetra, o time comandado pelo treinador Marcelo Oliveira manteve a base da temporada vencedora, com os craques Dagoberto, Willian, Julio Baptista, Martinuccio e o destaque do último Brasileiro, Éverton Riberto. 


As contratações foram discretas para essa temporada, com destaque para o jovem meia-atacante Marlone, que era do Vasco, e o atacante Marcelo Moreno, que atuava no Flamengo. 

 

Palmeiras

Mais do que nunca, o Palmeiras terá que fazer valer os trechos de seu hino. Sem grandes investimentos e apostando em contratos de produtividade, o alviverde precisará contar com uma “torcida que canta e vibra” para, de fato, ser campeão. 

Detentor de oito títulos da Série A do Brasileirão, o alviverde não ergue a principal taça do País desde o bicampeonato de 1993-94 e busca ressurgir após o segundo rebaixamento em 10 anos. Mesmo assim, a equipe, que conseguiu o retorno imediato com o título da segundona na temporada passada, sabe bem da pressão que vem pela frente no ano em que completará o seu 100° aniversário. Sem uma “defesa que ninguém passa”, nem uma “linha atacante de raça”, Gilson Kleina depositará sua confiança na experiência de nomes como Fernando Prass, Lúcio, Valdivia e Alan Kardec. 

 

Santos

Maior vencedor nacional, ao lado do Palmeiras, com oito canecos do Campeonato Brasileiro, o Santos quer iniciar uma nova era de títulos. Após a geração ‘Santástico’ de Pelé e Coutinho, dos ‘Meninos da Vila’ com Diego e Robinho e depois com Neymar e André, o time da Vila Belmiro começou 2014 como o torcedor gosta. Jogando bem, atropelando os adversários e com um futebol alegre como há pouco tempo se via. Finalista do Campeonato Paulista, o time do técnico Oswaldo de Oliveira tem no seu elenco a mescla de juventude e experiência necessária para poder desempenhar um bom papel no Campeonato Brasileiro deste ano. 


No ataque do Peixe, Leandro Damião e Thiago Ribeiro se juntam aos novos meninos da Vila, como Geuvânio e o polivalente Cícero, além de nomes já conhecidos da torcida, como o volante Arouca, o goleiro Aranha e o zagueiro David Braz. Além disso, os santistas podem contar com Gabigol, que costuma entrar e incendiar as partidas. 

 

São Paulo

Soberano na segunda metade dos anos 2000, com o inédito tricampeonato brasileiro (2006-07-08), o São Paulo corre para não viver apenas das glórias do passado. De lá para cá, o Tricolor paulista faturou somente um título: a Copa Sul-Americana de 2012, e conviveu com irregularidades que chegaram a ameaçar a equipe de rebaixamento na última temporada. 


Mas a volta de Muricy Ramalho, em meados de 2013, parece ter acalmado o clube do Morumbi, que tenta se reencontrar com as conquistas. Além disso, a atual edição será ainda mais especial para a equipe que perderá um de seus maiores ídolos. Aos 41 anos, o goleiro Rogério Ceni já anunciou que pendurará as luvas e chuteiras após o término do Brasileirão. Para se despedir com honra, ele irá precisar dos gols de Luís Fabiano e do apagado Paulo Henrique Ganso.  

 

Corinthians

A virada do ano culminou no fim do ciclo do técnico Tite à frente do comando do Corinthians, que ainda não conseguiu encontrar seu melhor futebol na atual temporada. Com o retorno de Mano Menezes, o time tenta reencontrar no Campeonato Brasileiro a boa fase que viveu nas últimas temporadas.


Em 2013 o Timão acumulou títulos como o Paulistão e a Recopa Sul-Americana, porém sua campanha no Nacional foi marcada pela irregularidade. Com a saída de Tite, a diretoria do presidente Mario Gobbi apostou em Mano Menezes para reaver o futebol eficiente.


Porém, o técnico vem enfrentando a pressão de resultados negativos no Paulista, má fase de jogadores consagrados e poucos investimentos. Os corinthianos terão trabalho pela frente. A boa notícia fica por conta do retorno do meia Elias que estava no Sporting (POR). 

 

Bahia

O primeiro campeão da história do Campeonato Brasileiro está longe de viver os tempos de glória de outrora. O Bahia, duas vezes campeão nacional (1959 e 1988) hoje convive com uma realidade de luta contra o rebaixamento para a Série B. No entanto, a boa campanha no Campeonato Baiano serve de combustível para o time brigar por uma vaga, pelo menos, para disputar a Copa Sul-Americana na próxima temporada.


Para disputar o Brasileirão, o Tricolor baiano perdeu peças importantes, como o treinador Cristóvão Borges, o meia Marquinhos Gabriel e o atacante Fernandão. Por outro lado ganhou os reforços dos “hermanos argentinos” Maxi e Emanuel Biancucchi, primos do supercraque Lionel Messi, do Barcelona (ESP). Rhayner, ex-Fluminense, e os ex-flamenguistas Rafael Galhardo e Rafinha também estão na lista de reforços. 

 

Vitória

Com uma campanha empolgante na reta final do último Campeonato Brasileiro, o Vitória por pouco não se classificou para a Copa Libertadores da América. Neste ano a expectativa não é diferente: lutar para garantir um lugar nas primeiras posições do principal torneio nacional.


O clube baiano nunca foi campeão do Brasileiro e provavelmente a espera tende a demorar um pouco mais, devido aos investimentos modestos para esta temporada. Porém, a seu favor, conta com o talento do treinador Ney Franco e dos jogadores Souza, Juan e Marquinhos (ex-Fla), Lucas Zen (ex-Botafogo) e do bom goleiro Wilson para surpreender novamente. 

 

Coritiba

O Coritiba promete fazer um bom Brasileirão para presentear um dos maiores ídolos da história do clube: o meio-campo Alex, que fará a sua última temporada antes de se aposentar pelo Coxa. Diferente do que aconteceu em 2013, onde o clube começou bem o Campeonato Brasileiro, mas caiu de produção se livrando do rebaixamento apenas na última rodada, o alviverde tem nos pés de Alex e Keirrison a esperança de gols da equipe. 

O Coritiba terá no comando o recém-contratado Celso Roth, que prometeu ser linha dura com seus comandados, típico do gaúcho. Além disso, o treinador não espera grandes contratações para o campeonato, mas prometeu um time aguerrido em cada jogo para não ‘passar sustos’, conforme disse em entrevista no dia de sua apresentação. 

 

Atlético-PR

O Atlético Paranaense foi a grande surpresa da última edição do Campeonato Brasileiro e entra na disputa desta temporada determinado a impressionar a concorrência novamente. Para 2014, a equipe contaria com Adriano, mas o polêmico atacante deixou a equipe antes do torneio nacional. Desta forma, a responsabilidade fica com o destaque de 2013, o goleador Éderson.


Em 2013, o Atlético-PR realizou excelentes campanhas nacionais, ficando com o vice-campeonato na Copa do Brasil e em 3º lugar no Brasileiro. Apostando na mesma base do ano passado, o time deseja buscar pelo bi na atual temporada. O Furacão ficou pelas saídas dos meio-campistas Éverton (Flamengo) e Paulo Baier (Criciúma), mas conta com o veloz Marcelo no ataque, fiel companheiro de setor ofensivo do artilheiro Éderson. 

 

Série B: Favoritismo vascaíno pode criar ‘G3’

Se por um lado a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro ganha em glamour, a presença do Vasco também acarreta uma carga negativa no quesito competitividade. Isso porque, com o favoritismo absoluto do time carioca, a porta de acesso à elite nacional torna-se um pouco mais estreita. Para abocanhar as três vagas em tese restantes e, quem sabe, surpreender e ameaçar o posto do time carioca, alguns clubes surgem como principais candidatos. Entre eles, a Portuguesa, que ainda luta nos tribunais pela permanência na Primeira Divisão, após a polêmica perda dos pontos que beneficiou o Fluminense.


Também rebaixados no Brasileirão 2013, Ponte Preta e Náutico juntam-se à Lusa. Acostumados à competição e com passagens recentes pela Série A, Ceará e Avaí são outros integrantes da lista, que conta ainda com América-MG, Atlético-GO, Joinville, Icasa e Paraná - que não disputa a elite desde 2007, mesmo ano da despedida do tradicional Santa Cruz na segundona. Agora de volta, a Cobra Coral sonha em incomodar na parte de cima da tabela e tentar buscar seu espaço entre os promovidos. Nesse mesmo patamar, aparece o também recém-chegado Sampaio Corrêa. A Bolívia Querida retorna depois de 11 anos de ausência. Representando a força do interior paulista, o Bragantino fecha o grupo da segunda escala de candidatos ao sucesso.


Já as últimas colocações prometem ser frequentadas por seis equipes. Assim, o “Z4” deverá ser disputado pelos potiguares América-RN e ABC, o mineiro Boa Esporte, o goiano Vila Nova, o mato-grossense Luverdense e o paulista Oeste. 

 

Vasco

Nos últimos anos, o Vasco ficou caracterizado por momentos de rara calmaria e crises intensas. Hoje a nau cruz-maltina navega por mares de tranquilidade, porém seguindo uma rota conduzida pelos erros do clube. Com os recorrentes insucessos administrativos e dentro de campo, o reflexo veio através de mais um descenso para a Série B do Campeonato Brasileiro. A missão do clube nesta temporada? Mostrar que o lugar do Gigante da Colina é na elite do futebol nacional.


Mesmo contando com atletas experientes em seu elenco, como Juninho Pernambucano, Cris e Renato Silva, além do talento do jovem Marlone, o time não segurou a onda e cravou o seu segundo rebaixamento em cinco anos. Isso tudo após conquistar a Copa do Brasil e o vice-campeonato da Série A em 2011 e bater literalmente na trave na Libertadores do ano seguinte, quando foi eliminado pelo futuro campeão Corinthians nas quartas de finais.


Sem o clima de incêndio encontrado na reta final do Brasileirão do ano passado, Adilson Batista comandou o time na boa campanha do Campeonato Carioca e, agora, terá de encarar a maior missão do ano: devolver o gigante ao grupo dos 20 melhores clubes do País. Para isso, irá contar com um elenco sem grandes estrelas, porém suficiente para subir.