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NOTÍCIA

Chefe militar renuncia ao Exército para disputar presidência do Egito

Sissi, que depôs presidente islamita Morsi no ano passado, é considerado o grande favorito em votação prevista para abril

Data: Quinta-feira, 27/03/2014 00:00
Fonte: Por iG São Paulo


Abdel Fattah al-Sissi, que depôs o presidente islamita Mohammed Morsi no ano passado, anunciou nesta quarta-feira que renunciou aos cargos de ministro da Defesa e de chefe do Exército e que vai concorrer à presidência nas eleições previstas para o próximo mês. Ele é considerado o grande favorito da votação.

 

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Chefe do Exército do Egito, Abdel-Fattah el-Sissi, anuncia que concorrerá à presidência

 

Em uma declaração televisionada, Sissi disse que não poderia "fazer milagres" e apelou aos egípcios para trabalhar duro para melhorar o país. Sissi, de 59 anos também afirmou que o Egito estava ameaçado por terroristas e que trabalhará para fazer um país "livre do medo".


Sob a lei egípcia, apenas civis podem concorrer à presidência, então sua renúncia ao Exército, assim como aos outros postos, eram um passo necessário. No pronunciamento feito com seu uniforme militar, Sissi afirmou que essa era a última vez que o vestia e que abria mão disso para "defender a nação" ao concorrer à presidência. Ele afirmou que "respondia a um chamado da população".

 

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Estudante da Universidade de Alexandria carrega aluna depois de ela ficar ferida em confrontos com a polícia no Egito

É amplamente esperado que Sissi ganhe a votação depois de meses de fervor nacionalista desde a remoção de Morsi, que se tornou o primeiro presidente civil eleito livremente no país em 2012. A deposição em julho veio após grandes protestos reivindicando sua renúncia em meio ao ressentimento público de que sua Irmandade Muçulmana monopolizava o poder.


Desde então, o governo interino apoiado pelo Exército adotou uma dura repressão contra a Irmandade, prendendo milhares de melhores e matando centenas de manifestantes durante confrontos. Ao mesmo tempo, militantes lançaram uma campanha de ataques contra a polícia e o Exército, e Sissi repetidamente declarou uma guerra contra o terrorismo.


*Com AP e Reuters