ARIPUANÃ, Quinta-feira, 28/03/2024 -

NOTÍCIA

Chuvas causam transtornos no Norte

Milhares de famílias de vários estados da região estão desabrigadas. O nível do Rio Madeira não para de subir e alaga ruas de Porto Velho (RO).

Data: Quinta-feira, 06/03/2014 00:00
Fonte: G1. Globo/ Maríndia Moura

 

 

Milhares de famílias de vários estados da região Norte estão desabrigadas. O Rio Madeira está chegando perto do centro de Porto Velho, em Rondânia, e faltam duas quadras para a principal avenida da cidade ficar alagada.


Em Apuí, no sul do Amazonas, 300 famílias estão desabrigadas por causa das cheias no Rio Aripuanã. Todo o transporte de alimentos e combustíveis depende das balsas porque a rodovia Transamazônica está alagada em vários pontos. No Acre, dez bairros de Rio Branco estão debaixo d’água e mais de 2,2 mil famílias estão desabrigadas.


A cheia ainda cobre parte da BR-364, principal ligação com o resto do país. Aviões da FAB levam alimentos de Porto Velho, mas muitos postos da capital estão parados há uma semana por falta de combustível.


Encontrar gás de cozinha também está cada vez mais difícil.  Em Rondônia, todas as distribuidoras de combustível do cais de Porto Velho suspenderam as atividades e centenas de botijões de gás estão boiando nos pátios das empresas.


Dez bairros de Porto Velho estão completamente alagados, quatro deles ficam na região central. Catorze ruas estão interditadas e faltam só duas quadras para a enchente chegar até a Avenida Sete de Setembro, principal centro comercial da cidade.


Desde o início de fevereiro, o Rio Madeira sobe seis centímetros por dia e já superou em um metro e meio a marca da grande cheia de 1997, a maior que se tinha registro. As 13 comunidades ribeirinhas de Porto Velho estão inundadas. A situação mais complicada é a do distrito de São Carlos, onde todas as 510 famílias foram retiradas.  


Em Calama, o cemitério desapareceu e as canoas agora navegam entre as sepulturas. Toda a plantação se perdeu e o gado está ilhado nos trechos de terra mais elevados. Barcos da Defesa Civil levam mosquiteiros, água mineral e cestas básicas para os moradores. 



Em Nazaré, uma escola é um dos poucos locais que escaparam da enchente. A Defesa Civil montou 75 barracas no terreno para receber os desabrigados. “O foco do trabalho é realmente manter essas pessoas abrigadas, alimentadas e sob cuidados médicos, com assistência social próxima”, afirma o coronel Lioberto Caetano, coordenador da Defesa Civil de Rondônia.