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NOTÍCIA

Governo central tem primário de R$12,954 bi em janeiro, abaixo do esperado

Data: Sexta-feira, 28/02/2014 00:00
Fonte: Reuters

Com maiores despesas com restos a pagar vindas de 2013, as contas públicas do país iniciaram este ano mostrando fraqueza justamente num momento em que o governo se esforça para recuperar a confiança dos agentes econômicos.


Em janeiro, o governo central formado pelo governo federal, Banco Central e Previdência Social registrou superávit primário de 12,954 bilhões de reais, informou nesta sexta-feira o Tesouro Nacional, número abaixo do esperado pelo mercado e metade do visto um ano antes.


Os resultados indicam que o desempenho do setor público consolidado que além do governo central inclui Estados, municípios e estatais que será conhecido nesta tarde também deve frustar as expectativas de superávit de 21,2 bilhões de reais, segundo pesquisa Reuters.


Segundo o secretário do Tesouro, Arno Augustin, os restos a pagar de 2013 para este ano somam 33,6 bilhões de reais, quase 30 por cento maior do que os 26,3 bilhões de reais vistos no período anterior. Ele não informou, no entanto, quanto desse volume foi efetivamente liberado em janeiro.


Pesou ainda no resultado do governo central de janeiro a transferência aos Estados e municípios, que somou quase 22 bilhões de reais em janeiro, ou 41,2 por cento a mais do que em igual mês de 2013. Só em transferência do programa de refinanciamento de tributos Refis foram 2,2 bilhões de reais, segundo Augustin.


Muito questionado sobre a razão de ter feito esse repasse do Refis somente em janeiro e não em dezembro, quando também poderia ter feito e que acabou ajudando no resultado fiscal de 2013, o secretário argumentou que isso daria muito trabalho, envolvendo vários técnicos e que não houve postergação.


Para defender que o governo conseguiu um bom resultado, Augustin disse que no "trimestre" novembro a janeiro, o superávit primário do governo central foi recorde de 56,4 bilhões de reais, cujo efeito é "contracionista".


DESPESAS MAIORES DO QUE RECEITAS

O fraco resultado do mês passado também foi afetado pela Previdência Social, com déficit de 4,595 bilhões de reais, e pelo crescimento de 19,5 por cento nas despesas, que atingiram 90,112 bilhões de reais.