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NOTÍCIA

SP: governo quer isolar chefes do PCC envolvidos em plano de fuga

Pedido à Justiça poderá deixar Marcola e outros 3 membros da facção trancados 22h horas por dia

Data: Sexta-feira, 28/02/2014 00:00
Fonte: TERRA

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) pedirá à Justiça o isolamento de quatro chefes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), incluindo o número um da organização, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. O grupo está preso na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP) e, com ajuda de criminosos que estão soltos, arquitetaram um plano de fuga previsto para ser executado neste sábado. Caso a solicitação seja aceita, Marcola e os comparsas ficarão Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que prevê isolamento 22 horas por dia. As informações foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo.

 

O Ministério Público já havia pedido a transferência de Marcola para o RDD no ano passado, mas a Justiça negou em primeira instância. Após o plano de fuga vir à tona, o governo avalia que as provas de que Marcola representa perigo são mais contundentes. Também em 2013, escutas telefônicas flagraram conversas em que membros do PCC prometiam fazer retaliações, com ataques nas ruas, caso os chefes da facção fossem para o regime de isolamento.

 

O plano de resgate de Marcola, de Cláudio Barbará, de Célio Marcelo da Silva, o Bin Laden, e de Luiz Eduardo Marcondes, o Du Bela Vista, era investigado em sigilo pelas polícias Civil e Militar e pelo Ministério Público desde janeiro do ano passado. A fuga usaria dois helicópteros, que içariam os quatro do pátio do presídio e os transportariam ao interior do Paraná. De lá, um avião os levaria até uma fazenda no Paraguai, onde os fugitivos seriam esperados por outro membro da organização. O Deic, departamento que investiga o crime organizado, deve pedir ainda nesta sexta-feira a prisão temporária dos cinco homens que estão soltos e iriam ajudar na execução da fuga.