ARIPUANÃ, Quinta-feira, 28/03/2024 -

NOTÍCIA

Municípios do Mato Grosso enfrentam desafios para crescer

Investir em infraestrutura, como pavimentação de rodovias, e gerar empregos são soluções apontadas por gestores públicos para o desenvolvimento..

Data: Sexta-feira, 17/01/2014 00:00
Fonte: Agência Sebrae

Dos 21 municípios da região de Tangará da Serra, no Território Noroeste do Mato Grosso, apenas 15 têm acessos asfaltados. Com quase 380 mil habitantes, o Produto Interno Bruto (PIB) regional é de aproximadamente R$ 7,7 milhões, correspondente a 15% do PIB estadual. A riqueza regional é gerada principalmente pela atividade agropecuária, indústrias de laticínios e de extração de minérios, bem como de beneficiamento de cereais e algodão. Os pequenos negócios são maioria e somam em torno de 14 mil empreendimentos.


O perfil da região foi elaborado a partir um levantamento feito pelo Sebrae em Mato Grosso, depois de reunir informações junto à Receita Federal, Portal do Empreendedor, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre outras fontes. O conjunto desses dados e informações, assim como o conhecimento acumulado durante anos de presença na região ajudam a orientar a atuação do Sebrae com foco nos pequenos negócios locais, explica o superintendente do Sebrae no estado, José Guilherme Barbosa Ribeiro.


Os quatro municípios são muito jovens, situando-se entre 25 e 31 anos de fundação, exceto Aripuanã, que tem 70 anos de existência. Todos eles possuem índice de alfabetização em torno de 80% da população. Juína é o polo educacional da região, assinala o gerente regional do Sebrae, Sandro Rossi de Carvalho. Além da exploração mineral e da extração de madeira certificada e sob intensa fiscalização do Ibama, o turismo é uma opção, principalmente em Aripuanã.


No momento, porém, a expectativa de todos que moram na região se concentra na melhoria das vias de acesso, em sua maioria ainda sem asfalto, o que dificulta o escoamento da produção e o intercâmbio comercial na região. Durante o período chuvoso, alguns municípios ficam isolados devido às enchentes e ao desabamento de pontes, relatam prefeitos, empresários e produtores rurais.


O trânsito pesado de caminhões carregados de madeira também contribui para comprometer o tráfego de veículos na época das chuvas. “Tem produtor rural que passa a ganhar dinheiro com o trator, rebocando os caminhões para liberar as pistas”, lembra o presidente da CooperSelva, Roque Freislebem, produtor de café e leite em Conselvan, distrito de Aripuanã, distante 90 km.


A falta de pavimentação das rodovias de acesso a Aripuanã, segundo o prefeito Ednilson Luiz Faitta (PMDB), compromete a estratégia de desenvolvimento regional. “O custo de produção torna-se mais elevado e os produtos são vendidos a preços inferiores devido à falta de asfalto das estradas.”




 Estratégia municipal

Com 18,5 mil habitantes, Aripuanã tem o quarto maior PIB entre os 141 municípios do Mato Grosso. Na cidade situada a 976 km da capital, Cuiabá, usinas hidrelétricas geram a energia necessária ao abastecimento da região – a principal é a Centrais Elétricas Salto de Dardanelos. E uma grande área de lazer aquático, ao lado da cachoeira de Dardanelos, é a grande atração para moradores e turistas em visita a Aripuanã.

 

“Estamos empenhados em atrair indústrias e diversificar a produção com foco no pequeno produtor”, conta o prefeito Ednilson Luiz, que vislumbra maior competividade da economia local. Para isso, ele aposta no potencial de crescimento do parque industrial de Aripuanã, bem como na recuperação de seu aeroporto, interditado por causa das linhas de transmissão de energia elétrica, hoje muito próximas da pista de pouso e decolagem. 

 

Com 12,6 mil habitantes, Juruena conta com 442 pequenos negócios, a maioria concentrada no comércio, seguida de pequenas e microindústrias e empresas do setor de serviços. Está a 893km de Cuiabá. Recentemente, Juruena recebeu uma pequena indústria de palmito, vinda de Aripuanã, que à época não se dispôs a apoiar a expansão do empreendimento.