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NOTÍCIA

Pescadores de MT bloqueiam entrada de usina contra diminuição de peixes

Manifestação começou nesta segunda-feira (25) na Usina Colíder. Trabalhadores foram impedidos de entrar no canteiro de obras.

Data: Terça-feira, 26/11/2013 00:00
Fonte: G1 MT

Pescadores bloqueiam desde essa segunda-feira (25) a entrada do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Colíder, a 648 km de Cuiabá, em protesto. A alegação dos manifestantes é de que as obras têm causado a diminuição de peixes, o que tem provocado prejuízos aos pescadores da região de Colíder e Nova Canaã do Norte, a 696 km da capital. A categoria também cobra agilidade no processo de indenização dos pescadores.


A presidente da Colônia de Pescadores Z-16 de Sinop, a 503 km de Cuiabá, a qual os manifestantes são filiados, informou discordar do protesto, que teve início sem a realização de assembleia. Julita Dubela explicou que soube por terceiros sobre o bloqueio da usina. "Até agora estávamos negociando com a Copel (concessionária de energia responsável pela usina) a respeito das indenizações que não foram pagas aos pescadores", disse.


Segundo a presidente, a concessionária contratou uma empresa para fazer um cadastro socioeconômico, mas os pescadores não concordaram em fazer esse cadastro. Julita disse que a colônia ingressou com uma medida judicial contra a empresa porque os pescadores foram retirados do ponto de pesca depois do início das obras. 


A assessoria da Copel informou que nesta terça-feira (26) as atividades no canteiro de obras foram suspensas porque os funcionários não conseguiram entrar no local.


As obras da usina começaram em 2011 após a Copel arrematar o leilão realizado no ano anterior pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Nessa obra, um trabalhador morreu soterrado depois de um deslizamento de terra em uma usina hidrelétrica. Jhonatas da Silva Santos, de 19 anos, fazia baliza dos caminhões no momento do acidente, ocorrido no dia 15 de julho.


No início deste ano, trabalhadores incendiaram vários veículos da empresa após serem informados de que iriam trabalhar no feriado de carnaval, mas que não iriam receber hora extra pelo serviço. Depois disso, mais de mil trabalhadores foram demitidos.