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NOTÍCIA

Em greve, servidores do Detran de MT querem fim das indicações políticas

Data: Quinta-feira, 24/10/2013 00:00
Fonte: Odocumento

 

























Em greve desde segunda-feira (21), os servidores do Departamento Estadual de Transito de Mato Grosso (Detran), aguardam a contraproposta do governo do Estado, para que seja solucionado o impasse. Segundo a presidente do Sindicato, Veneranda Acosta, das reivindicações que a categoria pede, apenas uma foi acatada.


“O Estado disse que já nos enviou a contraproposta, mas não recebemos nada até o momento. Nas conversas com os secretários de Estado, pedimos que os servidores cedidos irregularmente ao Detran, fossem devolvidos ao seus órgãos de origem e isso foi acatado, porém as outras reivindicações nem sequer tivemos resposta”, ressaltou.


A presidente do Sindicato disse ainda que uma das pautas é a respeito dos cargos de chefia, ou seja, cargos de indicação do próprio governo. “As pessoas que assumem os cargos de indicação política quase nunca vão trabalhar. Queremos que isso acabe e coloque funcionários que realmente tem comprometimento com o serviço público”, disparou.


Outro ponto é a operacionalização do DetranNet, que segundo Veneranda, sempre está fora do ar. A categoria pede para que seja retirado os comandos do Cepromat e passe a ser feita pelos próprios servidores. “Independente de greve, o sistema não funciona, é falho, por isso o Detran não consegue atender. Não é por falta de funcionário e sim o sistema que é totalmente precário. O Estado tem as maiores taxas e o sistema não funciona, a população não tem o atendimento que merece”, criticou.


A presidente disse ainda que a categoria terá uma reunião com os parlamentares, na Assembleia Legislativa, no final da tarde de quarta-feira (23), à fim de que seja encontrada uma solução.


Veneranda destacou que a discussão será para que o Detran administre 60% dos recursos. “O governo não aceita que o Detran administre os recursos, como acontecia até em 2010. Queremos ter condições de fazer o nosso próprio planejamento e que a Lei Orçamentária Anual (LOA) seja planejada também, o que não ocorre, pois o Estado simplesmente não aceita. O governo liberou um orçamento feito pela Secretaria de Planejamento (Seplan), mas que não há recurso financeiro nenhum garantido. Não queremos orçamento, queremos os repasses”, ressaltou.