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NOTÍCIA

Médicos do Samu cogitam greve

Data: Sexta-feira, 12/11/2010 00:00
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Fonte:RDnews

Os mais de 20 médicos reguladores do Samu ameaçam 'cruzar os braços' caso o governo estadual não atenda uma série de reivindicações da classe 
 
Entre as reclamações deles está o pagamento obrigatório de uma contribuição partidária mensal de R$ 120, além do não pagamento de benefícios como adicional por insalubridade e periculosidade.

Conforme a advogada do sindicato estadual dos Médicos, o Sindimed, Renata Karla Batista e Silva, logo após a realização de uma reunião com os médicos, foi encaminhado um ofício com as reivindicações da classe para o diretor-geral do Samu Daud Abdalla e para o gerente médico do Samu Haig Terzian. “Os médicos nos procuraram para que tomássemos as medidas administrativas, por isso, vamos aguardar o posicionamento deles antes de outras medidas como uma paralisação”, pontua.

Os médicos reguladores ficam na sede do Samu, localizado no antigo hospital São Tomé. Eles são responsáveis por verificar a necessidade de se encaminhar socorristas, enfermeiros ou ir até o local onde está o paciente que sofreu algum tipo de acidente, teve um mal súbito ou foi vítima de algum tipo de violência. Avaliam qual é o melhor procedimento para o paciente, os orientando por telefone a procurar um posto de saúde, encaminhando ambulância ou até UTI móvel, com médico e enfermeiro, dependendo da gravidade.

Cabe a eles também comunicar a urgência ou emergência aos hospitais públicos, reservando leitos para que o atendimento tenha continuidade. “O problema é que além de reguladores, eles estão atuando como socorristas, o que não é tarefa deles”, pondera Renata. A categoria de médico regulador foi criada em 2004 por meio da lei estadual 8.188/2004, mas até agora o Paiaguás não realizou nenhum concurso público, mantendo médicos DAS na execução dos trabalhos.

A realização do certame é uma das exigências da classe, que também cobra a inclusão deles no Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos dos médicos estaduais, além da reforma da sede ou umoutro local de trabalho que ofereça melhores condições para eles. “Reivindicam também a assinatura de um termo de cooperação com a polícia para que tenham maior segurança”.

Outro problema, na ótica dos médicos, é o fato do Estado querer obrigá-los a regular também as cidades de Aripuanã, Cotriguaçu, Colniza, Brasnorte e Juína. Eles argumentam que não conhecem a região, os hospitais e que o trabalho deles não será o mais adequado.

  Outro lado

Por meio da assessoria, a secretaria estadual de Saúde reforçou a disposição em discutir todas as reivindicações dos médicos reguladores e diz que já houveram alguns avanços neste sentido. A lista de pedidos da classe deve começar a ser analisada pelo secretário adjunto Vander Fernandes na próxima terça (16), quando ele volta de viagem. Assim, a tendência é que nos próximos dias haja uma nova reunião para debater o assunto.