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Mais Médicos não é um programa improvisado, diz Dilma

Presidente discursou em inauguração de ferrovia em Rondonópolis (MT). Ela disse que o governo dá 'muito valor' ao médico brasileiro.

Data: Quinta-feira, 19/09/2013 00:00
Fonte: Priscilla Mendes Do G1, em Brasília

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (19) que o governo não fez o programa Mais Médicos de improviso. Segundo ela, a iniciativa leva em conta a experiência de outros países e a opinião da população a respeito da atual rede pública de atendimento.


“As pesquisas sobre saúde mostram: nós queremos atendimento médico. E aquele atendimento em que você pega na pessoa, faz o exame. E queremos atendimento mais humanizado possível”, disse. “Então o governo federal fez uma avaliação e olhou os países do mundo para ver como era. Nós não fizemos esse programa improvisando, nós fizemos uma avaliação”, afirmou a presidente.


Dilma discursou em Rondonópolis, no Mato Grosso, onde esteve nesta manhã para inaugurar trecho de 147 km entre o Alto Araguaia e Rondonópolis da ferrovia Ferronorte, além do complexo intermodal da cidade na BR-163. A obra está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e custou R$ 780 milhões, segundo informação do Palácio do Planalto.

 

A vinda de médicos estrangeiros é polêmica e criticada pelas entidades de médicos porque permite que profissionais que se formaram no exterior atuem no Brasil sem a necessidade de fazer o exame de revalidação do diploma, o Revalida, que permitiria ao médico atuar tanto no setor público quanto no setor privado.


No discurso, Dilma defendeu a vinda de médicos estrangeiros, mas disse que o governo dá “muito valor” aos profissionais brasileiros.


A vinda de médicos formados em outros países é polêmica e criticada pelas entidades do ramo porque permite que profissionais que se formaram no exterior atuem no Brasil sem a necessidade de fazer o exame de revalidação do diploma, o Revalida, que permitiria ao médico atuar tanto no setor público quanto no setor privado.


“Nós damos muito valor ao medico brasileiro, por isso o Brasil terá de apostar num programa serio de formação de médicos no interior com alta qualidade de residência. [...] Vamos fazer isso sistematicamente daqui para frente, porém um medico leva tempo para se formar. No ínterim, o governo tem obrigação de atender a população”, afirmou.


Segundo ela, a distribuição de médicos no Brasil é “visivelmente desequilibrada”. “Tem mais médicos nas grandes cidades e menos nas periferias, no interior e no Norte, Nordeste e Centro-oeste”. O país tem 1,8 médico para cada mil habitantes enquanto a Argentina, por exemplo, tem 3,6, de acordo com a presidente.



Dilma encerrou o discurso falando da importância de o interior também se desenvolver e prometeu que o governo federal estará atento ao investimento em logística e a programas sociais na região de Rondonópolis.



“Não podemos pensar que o desenvolvimento é o desenvolvimento só do produto interno bruto. Um desenvolvimento só é justificado quando ao terceiro bruto melhora a renda o emprego e a educação da população”, afirmou.