Mary Vieira Knorr, de 53 anos, suspeita de matar as duas filhas adolescentes, Giovanna Knorr Victorazzo, de 14 anos e Paola Knorr Victorazzo, de 13, no bairro do Butantã, em São Paulo, foi definida como uma “mãe perfeita” por Ivete Alves, amiga da família.
— Ela era uma mãe perfeita, não deixava faltar nada para as meninas, levava na escola, cuidava muito bem delas, se dava super bem com duas.
Ex-diarista da família, Ivete trabalhou cerca de um ano com Mary e continuava próxima da corretora de imóveis. Segundo ela, as duas tinham se falado há algumas semanas.
— Há três semanas a gente se falou. Ele me convidou para tomar café com ela. Nós nos dávamos muito bem. Não acreditei. Não é possível. Até agora estou sem acreditar.
Segundo Ivete, Giovanna e Paola eram ótimas alunas e também tinham uma ótima relação com o pai delas, ex-marido de Mary. Ela confirmou que a mais velha estava se preparando para fazer um intercâmbio.
— A Giovanna estava fazendo planos para ia para os EUA, estudar fora, aprender inglês.
Ivete explicou também que Mary não tinha o hábito de discutir com as filhas.
— Ela nunca chegou a ficar brava com as filhas, chamava atenção, tinha a lista de tarefas, mas era um jeito para ajudar a organizar as meninas. Acho que não teve briga [no dia do crime]. Quando ela cair em si, ela não vai acreditar no que ela fez.
Mary está internada no HU (Hospital Universitário) da USP e deve ser ouvida pela polícia ainda nesta semana. A polícia acredita que ela possa ter dopado as filhas antes de matá-las. Os corpos de Giovanna e Paola foram enterrados na tarde de segunda-feira (16), no Taboão da Serra.