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NOTÍCIA

Riva já fecha chapa e voltará à AL com a garantia de ser presidente

Data: Sexta-feira, 22/10/2010 00:00
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Fonte:RDnews/Foto arq.Topnews

De acordo com o site Rdnews de Cuiabá, José Riva assume de novo, a partir de 2011, a presidência da AL; Mauro Savi (à esq.) entra como 2º secretário e Dilmar Dal Bosco como 2º vice; Romoaldo Júnior vai ser o 1ª vice e Sérgio Ricardo aceita continuar na 1ª secretaria.

O site destaca que José Riva, que há quatro meses foi cassado por compra de votos, volta à Assembleia a partir de fevereiro de 2011 e, de imediato, será eleito, pela quinta vez, presidente do Legislativo mato-grossense. Ele já fechou acordão e conta com apoio de 20 dos 24 deputados. O blog apurou que Riva conseguiu agregar todos os grupos, inclusive do presidente Mauro Savi (PR), que liderava uma corrente pela permanência no posto. Romoaldo Júnior (PMDB) será o primeiro-vice-presidente da nova Mesa Diretora. Ele também queria a presidência, mas, por ser velho aliado de Riva, bastou o progressista pedi-lo para recuar que assim o fez. Em seu primeiro mandato como deputado, Romoaldo respondeu pela Primeira-Secretaria, ou seja, foi ordenador de despesas na época em que o presidente era Humberto Bosaipo, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

Como ficará a próxima Mesa Diretora

Presidente- José Riva (PP)
Primeiro-vice-presidente - Romoaldo Júnior (PMDB)
Segundo-vice-presidente - Dilmar Dal Bosco (DEM)
Primeiro-secretário - Sérgio Ricardo (PR)
Segundo-secretário - Mauro Savi (PR)

A inserção de Romoaldo na Mesa tem respaldo de Bosaipo que, mesmo fora da atividade político-partidária, é consultado constantemente nos bastidores. O irmão de Romoaldo, Juliano Jorge, que já tentou, sem êxito, cadeira de deputado estadual, atua como assessor de Bosaipo no TCE. Nas negociações, Riva buscou contemplar na Mesa partidos que possuem as maiores bancadas. O PR que garantiu seis cadeiras terá o deputado reeleito para o terceiro mandato Sérgio Ricardo como primeiro-secretário. Assim, Sérgio completará quatro anos como ordenador de despesas. Ele já exerce essa função hoje. Ajuda a controlar um duodécimo mensal de R$ 18 milhões.

O PP e o PMDB dividem a segunda maior bancada, com 5 deputados cada. No caso da legenda peemedebista, o contemplado na Mesa será Romoaldo, ex-prefeito de Alta Floresta. Para a segunda-vice-presidência o grupo definiu o nome do estreante Dilmar Dal Bosco (DEM), irmão do deputado Dilceu Dal Bosco, derrotado como vice-governador da chapa do tucano Wilson Santos. Para completar a chapa de 5 nomes, entra o presidente Savi como segundo-secretário, embora este não demonstre estar contente com a nova composição.

No fundo, Mauro Savi torce para Riva não conseguir ser diplomado, o que traria incerteza sobre quem poderia se eleger à presidência. Após conseguir o deferimento do registro de candidatura e garantir nas urnas o quarto mandato com 93.594 votos, Riva sofreu derrotas jurídicas, como cassação do mandato em dois processos ainda referentes às eleições de 2006 e enfrenta investigação por indícios de crimes eleitorais. Isso deve levar o Ministério Público a ingressar com recurso contra expedição de diploma. O plano B de Riva, caso não consiga ser diplomado e empossado, seria ter Romoaldo na presidência. Já Savi, mesmo tendo aceitado entrar na chapa, está na trincheira, disposto a agir para se manter no comando do Legislativo a qualquer reviravolta.

São 24 deputados, com a missão de apresentar projetos e outras proposituras e de fiscalizar os atos do Executivo. Cada um ganha R$ 15 mil e ainda tem direito a outros R$ 15 mil a título de verba indenizatória. Controla também a equipe de gabinete, que pode chegar a 30 pessoas.

Novatos:
Mesmo os "novatos" já assumiram compromisso de votar na chapa de Riva. Eles argumentam que, independente de Riva responder a processos por atos de improbidade, trata-se de uma eleição interna e que o cacique do PP "é bem organizado", "trabalhador" e que "cumpre acordos". E, assim, José Geraldo Riva, que começou na vida pública como prefeito de Juara, segue o ritual no Legislativo desde quando se tornou deputado. A cada eleição, senta ou na cadeira de presidente ou de primeiro-secretário. Desta vez, marcando o retorno após a cassação, prefere quebrar essa alternância e reassumir o mesmo posto que vinha exercendo desde o ano passado.