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NOTÍCIA

Lúdio participa de protesto e diz que Mendes é "incapaz"

Ex-candidato a prefeito diz que vai às ruas como "cidadão" e cobra ação do prefeito

Data: Quinta-feira, 20/06/2013 00:00
Fonte: DA REDAÇÃO

O ex-vereador e ex-candidato a prefeito de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT), foi o único político que se "infiltrou" no protesto realizado ontem (19), em Cuiabá.  O ato foi em defesa da qualidade do transporte coletivo, redução no preço da tarifa além dos R$ 0,10 e passe estudantil irrestrito, sem definição de horários para o uso do benefício. 



Ele elogiou a "voz das ruas" e destacou que o Brasil sai fortalecido com os protestos e que os partidos políticos devem refletir sobre a relação com a população, especialmente com a juventude. 



“Talvez isso signifique um novo jeito de governar este país. Espero que o gigante tenha acordado para mudanças profundas no país”, afirmou o ex-candidato, que acusou o atual prefeito  da Capital, Mauro Mendes, de ser incapaz, administrativamente.



O ex-vereador acompanhou a filha de 13 anos, que, segundo ele, tomou a iniciativa de ir ao protesto. 



“Estou aqui como cidadão, como pai da Maria Luísa, que queria vir. Não faço nenhuma questão de associar isso aqui a qualquer iniciativa partidária. Amanhã [hoje], eu venho de novo”, disse, se referindo ao protesto programado para esta quinta-feira (20), contra a violência e a corrupção. 


Lúdio ainda argumentou que a queda na popularidade da presidente Dilma (8%, segundo o Ibope) não tem relação com protestos.



“Se comparada a avaliação dos primeiros governos de Lula e de FHC, que tinham aprovação 36% e 39%, hoje Dilma tem 57% . É uma avaliação majoritariamente favorável à condução do nosso país. Estamos vivendo uma novidade positiva e feliz. Há uma cidadania nova surgindo nas ruas, muitas causas com conteúdo positivo e uma nova forma de organização. Cabe a nós entender, interpretar e ouvir e nos mobilizar para isso, seja no interior dos partidos, seja nos parlamentos, seja nos governos”, afirmou.



O petista observou, ainda, que o Partido dos Trabalhadores nasceu nas ruas, das mobilizações populares, "cumprindo papel fundamental para consolidação da democracia do país" e que, por isso, não pode ser afetado negativamente. 



“Há 10 anos, uma parcela importante da população, antes excluída de direitos básicos da cidadania, tem renda melhor, consome mais, vive com mais qualidade, tem acesso à Educação Superior, que tinha acesso bloqueado no passado. Agora, essas pessoas querem qualidade desses serviços públicos, com Educação de mais qualidade, Segurança, Saúde. É uma pauta nova para o nosso país, é uma forma de organização nova e nos temos que, humildemente, aprender, ouvir e agir a partir daquilo que vem desse movimento”, disse Lúdio. 



As vaias à presidente Dilma na abertura da Copa das Confederações, em Brasília, na semana passada, para o ex-vereador do PT, fazem parte do processo democrático. 


“Em 2007, Lula foi vaiado na abertura dos Jogos Pan Americanos. Antes, o sentido democrático da vaia do que ambiente em que as pessoas não podem se manifestar”, completou. 



Transporte e Mauro Mendes



Lúdio Cabral, que disputou as eleições de 2012 contra o atual prefeito Mauro Mendes (PSB), afirmou que há uma "absoluta incapacidade" do atual gestor em atender o interesse público.



“A forma de governar a nossa cidade não mudou nenhum milímetro, a situação é de perplexidade com uma série de acontecimentos. É preciso mudar a forma de como a cidade é governada, esse é o 'x' da questão, mas isso não mudou. Enquanto o Governo olhar de cima para baixo para a população, ele vai sofrer revezes”, disse.



O ex-vereador comentou que a tarifa do transporte coletivo em Cuiabá foi reajustada de forma maldosa em 2012. 


“Foi um acordo de cavalheiros. A tarifa foi reajustada muito além do esperado por entidades isentas, quando analisam a qualidade do transporte coletivo da nossa cidade, quanto à qualidade. A tarifa super-dimensionada do transporte coletiva é uma crítica antiga, o recuo pequeno desse valor não vai calar a juventude, não vai calar os trabalhadores”, disse.