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NOTÍCIA

Jayme Campos diz que “falta bússola” no governo de Silval

Senador pretende disputar reeleição, e deve enfrentar peemedebista nas urnas

Data: Segunda-feira, 17/06/2013 00:00
Fonte: Agência Senado

O senador Jayme Campos (DEM) criticou o governo de Silval Barbosa (PMDB) e afirmou que a atual gestão parece estar perdida. Já se preparando para enfrentar o atual governador nas urnas em 2014 para disputar uma vaga no Senado, o democrata apontou falhas em diversas áreas do governo, e cobrou uma resposta mais efetiva para os problemas do Estado.



“O governo, em determinados momentos, dá a entender que está sem bússola. Nós vemos os mato-grossenses reclamando muito da situação precária da Saúde, vemos que a violência está muito alta, e não vemos o governo resolver esses problemas”, apontou.



Na avaliação do ex-governador, apesar do grande crescimento da receita do Estado nos últimos, os benefícios à população não aparecem no mesmo ritmo. Somente nos últimos sete anos, o orçamento do governo mais que dobrou – passou de R$ 6 bilhões em 2006, para R$ 13 bilhões este ano. 



“A receita se multiplicou desde o meu governo, que acabou em 1994, até hoje. Eu sei que o gasto operacional também deve ter crescido, aumentou o número de servidores, mas não é possível que não sobre dinheiro para melhorar Saúde e Segurança. Algum ingrediente está faltando para fazer funcionar”, disse. 


Ele criticou, também, o desvio das finalidades do Fundo Estadual de Transportes e Habitação (Fethab), que foi criado para asfaltar e recuperar estradas e investir em casas populares. Hoje, o fundo destina 30% de seus recursos para investimentos na Copa 2014, e é usado também para pagar folha de funcionários.

 


“Os produtores pagam para o Fethab e não estão vendo retorno desse recurso. Ele não está sendo investido onde deveria, pois foi criado para uma coisa e está sendo desvirtuado. Além disso, é preciso haver transparência na aplicação do Fethab”, afirmou o senador.



Por outro lado, Campos reconheceu méritos no atual governo, e afirmou que está esperançoso quanto ao ganho que haverá na infraestrutura. Silval garante, por exemplo, que por meio do programa MT Integrado, ligará com asfalto todos os municípios do estado.

 


“É só esperar um pouco que veremos um avanço grande na infraestrutura de Mato Grosso. Cada governo é um governo, e o que temos que fazer é torcer para dar certo”, disse.



Eleições de 2014


Jayme Campos já revelou que pretende disputar a reeleição para o cargo de senador – e há grandes chances que ele venha a enfrentar, nas próximas eleições, justamente Silval Barbosa. Visto como candidato natural ao Senado, Silval ainda não revelou se mergulhará na disputa ou se recuará para concluir seu mandato de governador. 

 


A disputa pela cadeira no Senado deve ser bastante acirrada, porque só haverá uma vaga em aberto. Além de Campos e Silval, também se destaca no meio político o nome do juiz federal Julier Sebastião da Silva.

 


Apesar de ser cobiçado pelo PT para a disputa ao Governo do Estado, nos bastidores seu nome é cotado para entrar na disputa ao Senado em uma eventual desistência de Silval Barbosa.



Além disso, Jayme Campos tem se aproximado do grupo do senador Pedro Taques (PDT), um dos mais cotados para disputar o governo do Estado nas eleições de 2014, e feroz opositor da gestão peemedebista. 



“Não temos dificuldade de conversar com ninguém. O Taques é uma boa opção, um nome forte para a disputa do governo. E o diretório nacional já nos deu liberdade para fazer a composição que quisermos, inclusive entre partidos da base da presidente Dilma Rousseff (PT)”, disse.

 


Paralelamente às articulações para a eleição majoritária, o DEM também está trabalhando na formação de chapas de candidatos nas proporcionais que tenham força para ampliar a bancada atual do partido – formada por um deputado estadual, Dilmar Dal’Bosco, e um federal, Júlio Campos. 

 


“Vamos percorrer o estado até o dia 20 de setembro, recriando os diretórios municipais e buscando nomes para lançarmos a deputado federal e estadual. Só com as chapas prontas veremos o tamanho da musculatura do partido, e poderemos fechar a coligação”, disse o senador.