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NOTÍCIA

Pedro Taques chama gestão da saúde de catastrófica e corrupta

Data: Quinta-feira, 13/06/2013 00:00
Fonte: Da Redação/Jardel P. Arruda

O senador Pedro Taques (PDT) usou a tribunal de Senado para acusar a gestão da saúde do Governo Estadual de Mato Grosso de ser catastrófica, irresponsável e corrupta. Em um longa discurso, o senador lembrou de várias promessas de campanha não cumpridas pelo governador Silval Barbosa (PMDB) e citou o caso dos sobrepreços dos medicamentos.

 

“semana passada, tivemos a triste notícia que ultrapassa os limites da incompetência e da corrupção: o Tribunal de Contas da União apontou que a Secretaria de estado de Saúde (SES) comprou medicamentos com sobrepreços. (...) Dez anos depois do início do que chamo de “pilantragem”, temos conhecimento de queos valores contratados pelo governo variavam entre 300 a 400% acima dos preços do mercado”, discursou o senador pedetista.


Esses superfaturamentos acontecera, de acordo com o relatório do TCU, entre 2003 e 2010, tendo acontecido, então, na maior parte , durante a gestão Blairo Maggi (PR). Como exemplo do caso ele utilizou o Teicoplamina, comprado pelo preço de R$ 109, dos quais R$ 84 foram de sobrepreço.



“Além do problema de sobrepreço, o TCU investiga a utilização de verba do Ministério da Saúde em Mato Grosso para aquisição dos remédios de alto custo cujos prazos de validade venceram dentro da farmácia do próprio governo. Somente neste esquema, o desperdício do dinheiro público pode chegar a R$ 3 milhões”, continuou.



O senador também citou as contas de 2012 da SES, que apesar de receber parecer prévio de aprovação recebeu 38 recomendação e teve o apontamento de 27 irregularidades. 



Quanto as promessas de campanha não cumpridas pelo governador, Taques lembrou que Silval garantiu que a construção de 120 UPAs em quatro anos e atualmente só 11 estão em atividades; também citou as a promessa que Barbisa fez de levar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para os 141 município do Estado, mas por enquanto só há 56 veículos em apenas quatro regiões. “Garantiu que iria “Implantar o hospital estadual da criança. Não fez absolutamente nada para isso”.



Ataque as OSS



O senador Pedro Taques também fez duras críticas a política da gestão dos hospitais públicos através das Organizações Sociais de Saúde (OSS). Durante todo o discurso ele chamou esse tipo de administração de privatização e condenou o montante em dinheiro repassado as OSS, segundo ele, maior que o enviado aos municípios que mantém os próprios hospitais.



“E mesmo com tanto dinheiro, essas organizações pseudo-sociais não prestaram os serviços hospitalares à população. Os dados constam do relatório do Tribunal de Contas do Estado que apontou o número inacreditável de 134 irregularidades no Fundo Estadual de Saúde, muitas delas consideradas gravíssimas. O problema da privatização, do “jeitinho”, por meio dessas ditas “organizações sociais” é tão grave que um novo relatório deve sair nos próximos dias, analisando exclusivamente esse caso de mau uso do dinheiro público”, disparou.