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NOTÍCIA

Sem acordo, greve de motoristas de ônibus entra no 2º dia em Cuiabá

Motoristas e cobradores cobram reajuste salarial de 33% e plano de saúde. Audiência de conciliação foi antecipada para quarta-feira (29).

Data: Terça-feira, 28/05/2013 00:00
Fonte: Denise Soares Do G1 MT

A greve dos motoristas de ônibus de Cuiabá eVárzea Grande, região metropolitana da capital, entra no segundo dia nesta terça-feira (28). A categoria, que decidiu entrar em greve na última sexta-feira (24), pede reajuste de 33% no salário, melhores condições de trabalho, vale-refeição e plano de saúde. O Sindicato das Empresas de Transportes Coletivo Urbano do Estado fez a proposta de 10% no aumento do salário, que foi rejeitado pelos grevistas. Cuiabá conta atualmente com 387 ônibus coletivos e Várzea Grande possui 180.


Na segunda-feira (27) a Justiça do Trabalho antecipou a audiência de conciliação entra motoristas e empresários, que tinha sido marcada na sexta-feira (31). Os trabalhadores devem cumprir os 50% da frota nesta segunda-feira, conforme decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT-MT), que assegurou a manutenção da metade dos veículos em circulação.


No primeiro dia de greve os usuários tiveram que esperar até as 8h, até que os veículos saíssem das garagens das empresas. Ao contrário do que foi determinado pelo TRT-MT, a greve atingiu 100% da frota, até que os grevistas e donos das empresas resolvessem o impasse para trabalhar. Os motoristas alegaram que estavam com medo de que os veículos fossem alvo de vandalismo por parte dos usuários.


O reflexo da greve foi visto nas ruas: atraso no trabalho e faculdades, congestionamentos nas principais avenidas, lotação nos micro-ônibus e até superfaturamento de 100% o valor das corridas de mototaxistas. Cerca de 300 mil usuários do transporte coletivo foram afetados.


De acordo com o balanço da Associação Mato-grossense dos Transportes Urbanos (AMTU), três veículos foram apedrejados por usuários no primeiro dia de greve: dois em Cuiabá e um em Várzea Grande. Segundo o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores do Transporte Coletivo (STETT/CR), os motoristas alegam que fazem uma dupla função no trabalho, tendo que atender e ajudar idosos, deficientes físicos e estudantes. Atualmente eles recebem o valor de R$ 1,5 mil e querem passar a ganhar R$ 2 mil.