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NOTÍCIA

Deputado quer que vacinação contra HPV seja permanente

Data: Quarta-feira, 22/05/2013 00:00
Fonte: Da Assessoria

No Brasil, o câncer de colo do útero mata uma mulher a cada duas horas. No mundo, esse índice é ainda maior, sendo uma vítima a cada dois minutos. Os dados divulgados pela Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia (ABPTGIC), chamaram a atenção do primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Mauro Savi (PR), que propôs ao governador Silval Barbosa (PMDB), por meio de uma indicação, a realização de uma campanha permanente de informação, prevenção e vacinação do Papilomavírus Humano (HPV), que é o maior causador desse tipo de câncer.


De acordo ABPTGIC, a maioria das vítimas negligencia a gravidade da doença tanto por falta de conhecimento como por preconceito e medo na hora de se submeter aos exames preventivos. A associação alerta ainda que 66% dessas mulheres não sabem que o vírus HPV é um dos maiores causadores do câncer de colo do útero, considerado o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama.


“O índice de mulheres acometidas pela doença é muito alto. Alarmante. E o que pretendemos é reduzir esse número em Mato Grosso. Para se ter uma ideia da gravidade, essa doença infecta quase 5 mil mulheres”, ressaltou o parlamentar, ao destacar que no Distrito Federal (DF) ações têm sido desenvolvidas, com foco a vacinar estudantes entre 11 e 13 anos de idade, contra o vírus HPV. Vale ressaltar que a meta do Governo do Distrito Federal é imunizar 64 mil meninas nessa faixa etária, de todas as escolas públicas e privadas.


Segundo Savi, a preocupação em relação à doença é mundial. Ele alega que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a vacinação rotineira contra HPV seja incluída nos programas nacionais de imunização e prevenção do câncer de colo do útero e de outras doenças relacionadas ao HPV. Para a OMS, as vacinas contra o vírus devem ser introduzidas como parte de uma estratégia coordenada para a prevenção desse tipo de neoplasia e de outras doenças relacionadas ao Papiloma Humano.


Por outro lado, o deputado destaca que essa imunização ainda não está amplamente disponível na rede pública, sendo necessário um investimento financeiro para quem deseja se prevenir. “Mesmo com tantos entraves para tornar a vacina acessível à população, ainda é possível reverter esse quadro, tendo em vista que no Distrito Federal essa medida já saiu do papel”, lembrou o parlamentar.


Conforme o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), cerca de 700 mulheres de seis capitais brasileiras e apresentadas no lançamento da campanha “Mulheres Semeiam Vida”, apenas 24% das que sabiam da existência do HPV associaram a vacina como forma de prevenção.


SINTOMAS – A primeira manifestação de uma infecção com o HPV são as verrugas que podem aparecer na vulva, na vagina, no ânus e/ou no pênis. Além de corrimentos vaginais repetitivos. A principal e mais perigosa doença causada pelo HPV é o câncer do colo do útero.


PREVENÇÃO – Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de colo do útero. Essa vacina, na verdade, previne contra a infecção por HPV. Uma dessas vacinas é quadrivalente, ou seja, previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos de HPV 16 e 18. É fundamental deixar claro que a adoção da vacina contra o HPV não substituirá a realização regular do exame de citologia, Papanicolau (preventivo).