A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso quer explicações das autoridades sobre o paradeiro de João José Evangelista de Oliveira, 26, testemunha-chave para a deflagração da operação “Mapinguari”, em 2007. Incorporado ao Programa de Proteção a Testemunhas desde então, ele é procurado pela família.
Presidente da Comissão, o deputado Emanuel Pinheiro (PR) já solicitou informações de vários órgãos, mas nenhum soube precisar onde está a testemunha. O caso é investigado pela Polícia Civil. Pinheiro ressalta que os órgãos devem dar uma resposta satisfatória à sociedade e à família.
“João é uma testemunha importante, que teve grande atuação em um processo envolvendo extração, transporte e comércio ilegal de madeira no Parque Indígena do Xingu (PIX). É um absurdo que nenhuma autoridade saiba onde ele está”.
Por conta das respostas dadas ao pedido, recebido pelo deputado diretamente dos pais do rapaz, o deputado convidou várias autoridades, entre elas representantes da Polícia Federal, da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) e de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). “Nesta terça-feira (7), esperamos uma resposta satisfatória, com a localização dele”.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), responsável pela investigação da operação que terminou com a prisão de 35 pessoas, Evangelista teria saído espontaneamente do programa em 2010. No entanto, a mãe do rapaz, Maria de Lurdes Evangelista, 54, teme que ele esteja morto. Ela acusa o representante de uma Organização Não Governamental (ONG) de ter oferecido vantagens em troca de um depoimento que incriminasse estas pessoas. “Ofereceram caminhão, R$ 10 mil e um trabalho”. Não há informações de que esta denúncia tenha sido apurada.