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NOTÍCIA

Juventude bate Grêmio nos pênaltis e está na final da Taça Farroupilha

Tricolor fica perto da classificação, mas André Santos e Vargas erram, e time de Caxias avança

Data: Sábado, 27/04/2013 00:00
Fonte: Globo Esporte

O Juventude está na final do segundo turno e eliminou o Grêmio do Gauchão. Após igualdade em 1 a 1, o time de Caxias superou o Tricolor por 5 a 4 nos pênaltis, na noite deste sábado, no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul. Aguarda, agora, o vencedor de Inter e Veranópolis, que se enfrentam neste domingo. E, de quebra, mantém a invencibilidade de dois anos em casa: são 47 partidas sem perder.



Resta ao Tricolor, que não ganha há seis partidas e, pelo segundo ano seguido, sob comando de Vanderlei Luxemburgo não chega à final do Estadual, a Libertadores. Enfrenta o Santa Fé, quarta-feira, na Arena, pela Libertadores, pelas oitavas de final.


Zé Roberto foi o primeira a bater. Converteu. Alan fez o mesmo. Barcos manteve o Grêmio na frente. Zulu igualmente marcou. Fernando fez o terceiro. Adailton chutou por cima: 3 a 2 ao Tricolor. Pará ampliou a vantagem. Diogo manteve a esperança alviverde. André Santos errou. Feio. Por cima do gol: 4 a 3 ainda no placar. Moisés empatou em 4 a 4 e a série foi para as cobranças alternadas. Vargas teve a cobrança defendida por Fernando. Gustavo converteu e determinou o 5 a 4 e a classificação do Juventude.



Torcida participou, mas...

As duas equipes encorparam o espírito de decisão antes, durante e depois do jogo. Ainda no hotel, Vanderlei Luxemburgo comandou uma palestra que durou 50 minutos. Na chegada ao estádio, todos os jogadores que se manifestaram admitiram a má produção de partidas anteriores e a necessidade de fazer dos 90 minutos seguintes um ‘divisor de águas’. Uma reunião no meio-campo logo após entrar em campo finalizou a preparação tricolor.



O Ju não fez diferente. Evitou o favoritismo que a invencibilidade de 46 partidas em casa poderia supor. Adotou o discurso de ‘extrema dificuldade’ e ‘superação’. Chegou com antecedência ao palco da exibição. Resultado: o público foi contagiado.


A cada desarme, a cada carrinho, a cada passe e a cada finalização, a torcida azul ou verde se manifestava. Vibrava, apoiava. O futebol, porém, ficou aquém do visto nas arquibancadas.



Com começo melhor, o Grêmio ameaçou duas vezes em três minutos. Sempre pela esquerda, com André Santos servindo Zé Roberto. Na primeira, o meia errou cruzamento a Barcos. O chute, na segunda, obrigou boa defesa de Fernando. Um indício de melhora, que não se sustentou. O time apresentaria a mesma dificuldade de atacar: lentidão, pouca criatividade e indiferença à marcação.



O Ju respondeu ao passar a tomar o controle do jogo. No esquema 3-5-2, para suprir a ausência de Bergson, os alas Moisés e Robinho obrigavam os volantes Fernando e Souza a saírem do lugar. Os atacantes Zulu e Diogo Oliveira, portanto, enfrentavam zagueiros sem proteção. Diogo Oliveira, aos 15, livre, chutou para fora. O centroavante ainda perderia chance após cruzamento da esquerda. A superioridade teve a contribuição da baixa participação de Fábio Aurélio.



A etapa inicial inda teria dois lances polêmico. Vargas mandou para o gol após cruzamento de André Santos, mas a arbitragem assinalou impedimento do lateral. Por sua vez, o time da casa pediu pênalti de Pará em Diogo Oliveira.



Ação e reação

Os times voltaram com as mesmas escalações, porém, com posturas diferentes. O Ju partiu para cima, conforme anúncio feito por Lisca. O Tricolor não conseguiu sair do campo defensivo. Em dois lances, pela esquerdas, em combinações entre Alan e Rogerinho, duas faltas foram cavadas. As duas, batidas por Diogo Oliveira, assustaram. A primeira tentou encobrir Dida, mas errou o alvo. A segunda, após má saída do goleiro, quase encontrou a cabeça de Rafael Pereira.



A válvula de escape azul, preta e branca foi Vargas. Bem posicionado, o atacante manteve a boa produção do primeiro tempo. Conseguiu, enfim, usar a velocidade para levar vantagem sobre os zagueiros. Pecou no último passe ou na demora em chutar a gol. Lago isolado, afinal, o time continuava atacando sem organização.



Foi quando Luxa decidiu mudar. Sacou Fábio Aurélio, apostou em Marco Antonio. No primeiro lance, o meia lançou Vargas na esquerda. O atacante até perdeu a bola, mas Souza a recuperou e serviu Barcos. De fora da área, em chute com extremo efeito ganhou de Fernando: 1 a 0, aos 19 minutos. À exceção de Pará e Dida, todos os jogadores correram para comemorar com o Pirata, que deu fim à um jejum de seis jogos. Mas...



Não durou. No lance seguinte, aos 20, o Ju empatou. Alan cruzou da esquerda, Dida demorou a sair e Diogo Oliveira, de cabeça, igualou. Reação à ação. O goleiro se recuperaria logo em seguida em grande defesa após chute de Adailton.



Na base da pressão e com jogadas combinadas, o Grêmio quase chegou ao gol da vitória. Pela direita, Vargas e Pará tabelaram, e o segundo serviu Marco Antonio, mas o chute cruzado saiu fraco. Ainda deu tempo para Barcos bater forte e obrigar boa defesa de Fernando. E a decisão foi ao pênaltis.