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Último debate tem denúncias contra Governo, Bimetal e de candidato laranja

Data: Quarta-feira, 29/09/2010 00:00
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Fonte: odocumento

Quem esperava o último debate entre os candidatos ao Governo do Estado "engessado", devido ao rigor da TV Centro América, se surpreendeu. A emissora deixou dois blocos para os candidatos debaterem temas livres e colcou o tema corrupção entre os abordados nos blocos em que os temas eram sorteados.

No debate, surgiram novas denúncias contra o Governo do Estado. O ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), denunciou que as aquisições de ônibus escolares foram superfaturadas em R$ 15 milhões. Wilson lembrou ainda do "escândalo dos maquinários" e o Caso Fertipar. "O Governo vai mal em Saúde, Educação e Segurança, mas é destaque absoluto em corrupção", afirmou o prefeito.

O governador e candidato a reeleição, Silval Barbosa (PMDB) afirmou que os ônibus ainda nem foram entregues e não há investigação contra as compras. Silval ainda teceu acusações contra Wilson, que administrou Cuiabá até abril deste ano. "Sua gestão, com dinheiro na conta, não resolveu o problema da água em Cuiabá. Deixou a prefeitura sem a coleta de lixo na cidade", recordou. Silval ainda criticou o nível dos debates, pois os adversários pouco debateram propostas.

Outro ponto alto do debate foi a discussão entre Mauro Mendes (PSB) e Silval Barbosa sobre a quitação de precatórios pelo Estado. Mauro disse que o Governo "humilha" os servidores ao não pagar totalmente as cartas de crédito, permitindo a negociação entre empresários que pagam uma "miséria" pela carta e descontam o valor integralmente com o Estado. "Vamos valorizar os servidores e fazer com que obtenham crédito de 100% do precatório junto ao comércio, principalmente nas lojas de material de construção", colocou.

Já Silval, denunciou que Mauro utiliza deste artifício para beneficiar a Bimetal, empresa de sua propriedade. Segundo o governador, a indústria quitou R$ 12 milhões de ICMS em créditos obtidos com a compra de precatórios. O empresário informou que agiu dentro da legalidade.

O candidato do PSOL, Marcos Magno, se destacou no debate ao questionar Wilson Santos sobre o suposto acordo entre o tucano e Mauro Mendes para levar a disputa ao 2º turno. "Antes diziam que os partidos pequenos eram consideradas as candidaturas laranjas. Agora nesta eleição temos um partido grande", atacou.

Wilson destacou que em mais de 20 anos de vida pública não utilizou da política para se aposentar, nem enriquecer. "Não usei mandato para comprar rádio, ne fazenda. Sou candidato para fazer um Governo humanitário em Mato Grosso", assinalou.

Magno também questionou Silval Barbosa sobre a concessão de veículos de comunicação que sua família possui. Um dos patrimônio da família de Silval seria o arrendamento da Rádio Cultura de Cuiabá. O governador destacou que todos os bens de sua família estão declaradas no Imposto de Renda, disponíveis a qualquer cidadão.