O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou nesta sexta-feira uma ordem que autoriza o início dos cortes maciços nos gastos públicos, no valor de US$ 85 bilhões, a partir desta meia-noite, informou a Casa Branca.
Segundo a ordem assinada por Obama, os cortes ocorrerão de acordo com as quantias calculadas pelo Escritório de Gestão e Orçamento no relatório enviado ao Congresso nesta sexta.
Recorrendo à autoridade que lhe concede uma lei orçamentária federal, Obama autorizou os cortes, que são produto de um pacto estipulado em agosto de 2011 pelo Congresso para elevar o teto da dívida, em troca de elaborar um plano para a redução do déficit que não foi alcançado.
Desta forma, o Pentágono sofrerá cortes de 13%, enquanto os programas não relacionados à defesa serão reduzidos em cerca de 9%.
No documento de 83 páginas enviado às duas câmaras do Congresso, o Escritório de Gestão e Orçamento adverte que os cortes terão um efeito "profundamente destrutivo para a segurança nacional, os investimentos domésticos e as principais funções do Governo".
O documento também detalha as reduções que serão promovidas em todas as agências e programas federais, inclusive as agências dedicadas à assistência a outros países.
Sendo assim, o Corpo de Paz sofrerá nos próximos sete meses uma redução de US$ 19 milhões, enquanto a Agência Americana para Desenvolvimento Internacional (USAID, em inglês), terá cortes de US$ 300 milhões.
Além dos cortes em matéria de defesa, o documento assinala, por exemplo, que o Medicare, programa que dá cobertura médica a idosos, aposentados e incapacitados, sofrerá redução de 2%.
Segundo especialistas, o pleno impacto dos cortes fiscais - que acontecem depois que a Casa Branca e o Congresso fracassaram nesta sexta-feira em sua última tentativa de evitá-los - será sentido em abril.