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NOTÍCIA

Pedro Taques confirma candidatura contra Renan

Senador do PDT irá enfrentar Renan Calheiros, favorito do Palácio do Planalto, pelo comando da Casa. Randolfe Rodrigues, do PSOL, também disputará

Data: Quarta-feira, 23/01/2013 00:00
Fonte: VEJA: Marcela Mattos e Gabriel Castro, de Brasília

A eleição para a Presidência do Senado, marcada para o dia 1º de fevereiro, deverá ter três candidatos. O senador Pedro Taques (PDT-MT) confirmou nesta terça-feira ao site de VEJA que entrará na disputa.

 

O parlamentar afirmou que, com a recusa de Pedro Simon (PMDB-RS) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) em concorrer ao cargo, decidiu agir. “Gostaria que um desses dois do PMDB pudesse ser candidato. Eles têm decência, têm experiência, mas parece que não vão aceitar. Coloquei meu nome à disposição. O que não pode é haver um candidato só", disse o pedetista.

 

A confirmação de Pedro Taques na corrida deve unificar o grupo que se opõe ao retorno de Renan Calheiros (PMDB-AL) ao comando da Casa. O líder do PSOL, Randolfe Rodrigues, foi o primeiro a entrar na briga, mas seu nome enfrenta resistência nas bancadas do PSDB e do DEM.

 

Após uma conversa na manhã desta terça-feira, Pedro Taques e Randolfe Randolfe Rodrigues decidiram tornar-se adversários - ao menos no papel. “Randolfe é meu irmão de causa. Não vou brigar com ele por causa disso. Acho que é bom termos mais candidaturas”, disseTaques. Ele lembra que, como o regimento da Casa prevê segundo turno, a fragmentação das candidaturas não significa necessariamente um problema.

 

Randolfe também confirma a harmonia na ala independente. Para ele, a candidatura de Taques significaria uma união de forças contra Renan. “Entre e ele, não há oposição”, argumentou.

 

A entrada de Taques na corrida atende a um desejo do PSDB, que não se empolgou com a candidatura de Randolfe. Entre os dois, a preferência dos tucanos sempre foi pelo senador do PDT. Nas últimas semanas, o líder tucano, Alvaro Dias (PR), tentou convencer peemedebistas “independentes” a participarem da eleição. Um a um, eles rejeitaram o convite. Pedro Simon foi o último a dizer não: “A minha candidatura seria de protesto. Defendo um entendimento, mas eu não represento isso”, afirmou o senador gaúcho. Ele diz ter consciência da antipatia e da restrição que demais parlamentares têm por ele.

 

As costuras dos parlamentares independentes com o PSDB não devem ser suficientes, no entanto, para ameaçar o amplo favoritismo de Renan Calheiros, que tem o apoio da maioria dos parlamentares e o aval do Palácio do Planalto.