O Palmeiras definiu nesta segunda-feira seu novo presidente para o biênio 2013/2014: trata-se de Paulo Nobre, que venceu a eleição promovida na Academia de Futebol e que envolveu 281 conselheiros do clube, dos quais 17 não compareceram à votação. Nobre recebeu 47 votos (153 a 106) a mais que seu adversário, Décio Perín, e assume o cargo no lugar de Arnaldo Tirone, que deixa a presidência após dois anos.
O novo presidente, porém, assume já com um problema: a imprevisibilidade do orçamento. Mandatário alviverde entre janeiro de 2011 e janeiro de 2013, Tirone deveria apresentar o balanço do último mês auditado tanto por uma comissão interna quanto por uma empresa externa.
A auditoria externa, porém, não foi feita a tempo, e acabou não sendo votada pelo Conselho de Orientação Fiscal (COF) nesta segunda-feira. Assim, Nobre começa o mandato sem saber o orçamento a sua disposição. O resultado ainda deve ser aprovado nos próximos dias pelo COF.
O novo mandatário comandará o clube no biênio até 2014, com os objetivos de amortizar as dívidas do clube (estipuladas em R$ 160 milhões) e resgatá-lo da Série B do Campeonato Brasileiro – para a qual foi rebaixado em 2012. Em 2013, o time disputará ainda a Copa Libertadores da América e o Campeonato Paulista.
A eleição foi a última do clube na qual apenas os conselheiros votaram para definir o presidente. A partir de 2014, quando acontecerá o próximo pleito, os sócios terão igualmente direito a voto no Palmeiras.
Também foram escolhidos quatro vice-presidentes: Mauricio Precivalle, Genaro Marino, Antonino Jesse Ribeiro e Victor Fruges, todos da própria chapa de Nobre. O grupo conta com o apoio do ex-presidente Mustafá Contursi.
Paulo Nobre foi eleito o novo presidente do Palmeiras em eleição realizada nesta segunda-feira
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Perfil e propostas
Na plataforma eleitoral, o novo presidente alviverde planejava “separar o clube social do futebol e enxergá-los como independentes”. Nobre ainda pretende escalar um profissional em tempo integral em determinados setores do clube que demandem “muito tempo de seu diretor estatutário, que acaba tendo problemas profissionais e familiares”. “Não pode pôr médico no jurídico nem advogado no marketing”, alegava.
O dirigente eleito promete a contratação de um “manager” para comandar o futebol do clube. Nobre já havia disputado a eleição de 2011, contra o próprio Arnaldo Tirone, mas foi derrotado nas urnas.