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NOTÍCIA

Ré da Jurupari, prefeita é acusada de ter causado dano ambinetal de R$ 16,3 milhões

Data: Sexta-feira, 11/01/2013 00:00
Fonte: Olhar Direto/ Laura Petraglia

A nova prefeita do município de Nova Bandeirantes, Solange Sousa Kreidloro (PSD), está entre os 325 denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça Federal, que se transformaram em réus pela prática de crimes ambientais e formação de quadrilha detectados durante as operações Jurupari I e Jurupari II, desencadeada pela Polícia Federal em 2010.


Segundo levantamento do Ministério Público Federal o dano ambiental causado pela prefeita é de R$ 16.303.236,03. Solange disputou a eleição pela coligação Verdadeira Renovação Democrática (PDT / PT / PTB / PR / PPS / DEM / PHS / PV / PRP / PSD) e foi eleita com 4.044 votos (60,76% dos votos válidos da cidade).



Em 2010 o marido dela, empresário Clovis Irineu Kreidloro, chegou a ser preso pela Polícia Federal durante a Operação Jurupari. Ela também teve a prisão preventiva decretada, mas à época ficou foragida.



O juiz da 5ª Vara da Justiça Federal em Mato Grosso, Jeferson Schneider recebeu as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal referentes aos inquéritos policiais e os 156 e 169 envolvidos nas duas operações responderão a 133 ações penais.

 

Foto: Reprodução

Ré da Jurupari, prefeita é acusada de ter causado dano ambinetal de R$ 16,3 milhões



Consta da denúncia do MPF que a prefeita, que é proprietária da fazenda Entre Rios em Nova Bandeirantes, mantinha vínculo suspeito com o ex-superintendente de Gestão Florestal da Secretaria de Meio Ambiente, Afrânio Cesar Migliari, para agilizar forma ilícita os processos de licenciamento ambiental.



Deflagrada em 2010, a operação da Polícia Federal teve como foco servidores públicos estaduais e federais, bem como políticos, pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção de servidores públicos, desmatamento ilegal, falsificação e uso de documentos públicos, falsidade ideológica, furto de madeiras no interior de áreas protegidas, invasão de terras públicas, advocacia administrativa, corte de árvores e destruição de florestas em áreas protegidas, concessão de licenças em desacordo com as normas ambientais e fraudes praticadas por servidores e técnicos responsáveis junto aos órgãos competentes.



Dentre as principais irregularidades constatadas durante a Jurupari estão fraudes na concessão de licenciamentos e autorização de desmatamentos, até mesmo no interior de áreas protegidas, como terras indígenas, disponibilidade de créditos florestais fictícios, e que permitem o desmatamento e retirada ilegal de madeira, de áreas não documentadas, especialmente de terras públicas e áreas protegidas, assentamentos do INCRA e unidades de conservação e transporte, processamento e comercialização destes produtos florestais pelas serrarias e madeireiras, as quais recebem o produto “esquentado” com documentação fraudulenta, abastecendo e incentivando, portando, todo o esquema.