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NOTÍCIA

Sai em janeiro vencedor do consórcio que construirá hidrovia que beneficiara Porto dos Gaúchos

Data: Segunda-feira, 31/12/2012 00:00
Fonte: Porto Noticias

Dois consórcios e uma empresa individual concorrem e vencerá quem oferecer o menor preço e solução técnica. Os três participantes do certame já apresentaram suas propostas.



Edeon Vaz Ferreira, coordenador-executivo do Movimento Pró-Logística, que representa o setor produtivo mato-grossense, acredita que mesmo com a definição em janeiro da vencedora do certame, o cronograma anteriormente previsto pelo governo - de em fevereiro emitir a ordem de serviço para realização do EVTEA - não sofrerá modificações. "É só questão de acompanharmos para agilizar", disse, em entrevista ao Agrodebate.



Só para este empreendimento estão previstos investimentos na ordem de R$ 15 milhões para formulação do estudo de viabilidade. A obra vai garantir o escoamento mais ágil dos produtos agrícolas da região norte de Mato Grosso, permitindo a ligação direta entre Sinop até Santarém, além de Porto dos Gaúchos até Santarém. A previsão do DNIT é que pelo menos em um ano sejam realizados os estudos de viabilidade técnica e econômica.



De acordo com o Departamento de Estrutura Aquavária do DNIT, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, a hidrovia vai beneficiar, além de Mato Grosso, os estados do Pará e também do Amazonas. O trecho hidroviário possui 1.043 km de extensão, desde o porto de Santarém, na foz do rio Tapajós, afluente do rio Amazonas, até cachoeira Rasteira, no rio Teles Pires.



A pretensão do EVTEA é avaliar a viabilidade de ampliar o trecho navegável dessa hidrovia de Santarém (PA), no km zero, a Sinop (MT), no k m 1.576.



Essa hidrovia é considerada a única rota de exportação que pode viabilizar a produção de grãos de todo o norte de Mato Grosso, importante opção para o incremento do comércio exterior com influência direta sobre os horizontes socioeconômicos dos Estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso, mercê de regiões de alto potencial produtivo, aponta o DNIT.



Expectativas

Entre os principais benefícios a serem gerados por esta obra está a exportação de grande volume de carga, principalmente de grãos produzidos nas regiões Norte e Centro-Leste do Estado de Mato Grosso e do Sudoeste do Estado do Pará, por meio dos portos da calha do Amazonas de forma mais econômica do que os tradicionais portos da região sudeste.



Ainda, a geração de economia de 765 km a favor da opção de escoamento em direção a região Norte (distância entre Lucas e Santarém totaliza 1.430 km, enquanto de Lucas para Paranaguá (PR), 2.195 km).