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NOTÍCIA

Maggi é favorito; Taques ganha 2ª vaga

Data: Sábado, 11/09/2010 00:00
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Fonte:expressomt

Ex-governador Blairo Maggi (PR) é o franco favorito na Capital na disputa pela primeira vaga ao Senado.

Mesmo tendo perdido 4 pontos em relação à pesquisa anterior - ele tinha 64% -, o republicano aparece com 60% das intenções de voto estimulado, conforme o Gazeta Dados.

Nesta rodada, realizada dos dias 3 a 5 de setembro, a grande surpresa vem com o candidato Pedro Taques (PDT) que, pela primeira vez, chega ao segundo lugar com 29% da preferência do eleitorado. Com este índice, se o pleito fosse hoje e dependesse somente dos votos de Cuiabá, o ex-procurador da República seria eleito senador e diplomado junto com Maggi.

Em agosto, na primeira rodada de pesquisa na Capital, o pedetista tinha 17% dos votos e cresceu, portanto, 12 pontos percentuais. Em 17 dias de intervalo, Taques saltou da terceira posição para a segunda.

Já Antero Paes de Barros (PSDB) estava com 31% da preferência dos cuiabanos, era o segundo lugar e agora, com 24%, ocupa a quarta colocação. Sete pontos percentuais foram perdidos pelo tucano.

A dança dos números para a segunda vaga ao Senado mexeu ainda com o candidato petista, Carlos Abicalil, da mesma coligação de Blairo Maggi. Abicalil manteve o mesmo terceiro lugar. De 23%, passou a 25%, 2 pontos de crescimento. Mas a distância entre ele e Antero é muito próxima e está clara a condição de empate dentro da margem de erro definida em 4% a mais ou a menos.

Para alcançar este resultado, o Gazeta Dados entrevistou 500 pessoas de 106 bairros, divididos em 4 regiões. O perfil do eleitor mostra que 52% são mulheres e 48% homens; 44% tem o ensino fundamental e 31% idade acima de 45 anos. Praticantes do catolicismo (62%), elas (69%) recebem 5 salários mínimos por mês. No TRE/MT, a pesquisa está registrado sob o número 31.973/2010.

O desempenho de Taques pode ser atribuído à forma como vendo sendo conduzida a sua campanha. Com o mote principal de desmoralização da classe política como um todo, o pedetista vem conquistando votos junto ao eleitorado jovem, universitários e aos formadores de opinião.

Taques, em tom professoral no rádio e na televisão, dá ênfase aos vícios da "velha política" permeada pela impunidade, injustiça, corrupção, foro privilegiado, imunidade parlamentar, etc. Entretanto enquanto conquista eleitores na Capital, o ex-procurador da República pode ter dificuldades para avançar no interior do Estado, onde os chamados "coronéis" dominam os "seus currais eleitorais", influenciando fortemente o eleitorado.

Como opção para uma análise mais profunda dos eleitores, o Gazeta Dados faz simulações sobre as declarações para o 1º e 2º votos ao Senado. Maggi, por exemplo, que atinge 60% na média, teria 47% da votação para a 1ª opção e, somente, 13% na 2ª.

Taques ficaria com 12% e 17% dos votos para a 1ª e 2ª vaga, respectivamente. Abicalil receberia 8% no 1º voto e, 17%, para o 2º. Antero atingiria 11% e 13%, relativos à 1ª e 2ª vaga. Um outro fator a ser considerado vem com os indecisos que, para a 1ª opção de candidato, somam 12%, mas em relação a 2ª somam 23%.

Dos principais candidatos, Pedro Taques tem um dos menores índices de rejeição. Pedetista e Naildo Lopes (PV) possuem 3%. São acompanhados de perto pelo Procurador Mauro (PSOL) com 4%. Jorge Yanai (DEM) chega a 5% e Maggi (PR) 6%. Abicalil (PT) e Antero (PSDB) detêm os percentuais maiores de rejeição, com 10% e 15%.

Coligado, o PT não lançou candidato ao governo nesta eleição e apóia Silval Barbosa (PMDB) à reeleição. Para o Senado, disputa a segunda vaga na aliança que tem como nome mais forte o do ex-governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR). Mesmo sem cabeça de chapa, o PT elegeria a candidata do partido, Dilma Roussef, à presidência da República. Ela obteve na pesquisa Gazeta Dados de voto estimulado, 53% das indicações contra 45% na sondagem anterior, uma diferença a maior de 8 pontos percentuais. O principal adversário da petista, José Serra (PSDB), ao contrário caiu de 30% para 24%, 6 pontos a menos. Marina Silva (PV) também teve redução nas intenções de votos, baixando de 12% para 9%. Brancos e nulos par a sucessão de Lula da Silva atingem 2% e indecisos 11%.