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Homem é condenado por estuprar a própria filha de 6 anos em MT

Segundo a denúncia, abusos foram praticados na frente de outras crianças. Juíza diz que consequências do crime são 'irreparáveis'.

Data: Quinta-feira, 04/10/2012 00:00
Fonte: Do G1 MT

Um homem foi condenado a 50 anos e seis meses de prisão por estuprar a própria filha de seis anos de idade e a vizinha de nove anos na cidade de Rondonópolis, a 218 quilômetros de Cuiabá. De acordo com o Ministério Público Estadual, o réu deve cumprir a pena em regime inicial fechado e não deve recorrer da decisão em liberdade.

 

Segundo a denúncia, os abusos foram praticados na frente de outras duas crianças de 10 e 9 anos, que também são filhos do réu. Consta na sentença que uma das vítimas morava perto da casa do réu e era amiga dos filhos dele. Várias vezes a criança foi abusada e recebia em troca dinheiro para comprar doces, bolachas e chicletes.

 

Uma das crianças definiu que 'a brincadeira' ocorria todos os dias de manhã, quando a mãe de uma delas saía para trabalhar e elas ficavam sozinhas com o acusado. “O réu, aproveitando-se da vulnerabilidade da criança, que, pela sua idade, não contava com a maturidade suficiente para saber que o réu estava utilizando artifícios para abusar dela sexualmente, pois contava com apenas nove anos de idade, cedeu aos pedidos do réu”, destacou a juíza Aline Luciane Ribeiro Viana Quinto, da 3ª Vara Criminal da Comarca de Rondonópolis.

 

De acordo com declarações de psicólogos que acompanham as vítimas, os traumas causados por causa da atitude do réu são imensuráveis. Segundo os depoimentos, a chegada das crianças ao abrigo foi traumática.

 

Além dos traumas, o relacionamento entre os dois irmãos e a irmã foi abalado, pois eles sentiam nojo da vítima, já que um deles foi obrigado a manter relações com as duas meninas. “As consequências do crime são absolutamente irreparáveis, uma vez que o crime, da forma como foi cometido, trouxe à vítima experiências precoces da sexualidade, além dos traumas psicológicos que são imensuráveis”, observou a magistrada.