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NOTÍCIA

Petrobras quer aumento da gasolina para manter plano de investimento

Data: Quinta-feira, 14/06/2012 00:00
Fonte: FOLHA/ VALDO CRUZ DE BRASÍLIA

 

A geração de caixa da Petrobras está abaixo do previsto e, se não forem tomadas medidas de correção, o plano de investimento da estatal pode ser afetado.

 

O tema foi discutido ontem na reunião do Conselho de Administração da empresa, em Brasília, em que foi analisado o plano de investimento para 2012/2016.

 

A estatal reivindica reajuste de combustíveis para recompor seu caixa e, com isso, garantir a manutenção do ritmo de investimentos. O atual plano previa investir US$ 224 bilhões entre 2011 e 2015.

 

Segundo a Folha apurou, a equipe econômica prometera à estatal analisar a concessão de um reajuste de combustível até julho exatamente para reduzir a defasagem de preços --calculada por técnicos da empresa em 32%.

 

Técnicos da equipe econômica disseram ontem à Folha que a queda na inflação abre espaço para correção no preço dos combustíveis.

 

A tendência é que o governo, se aprovar o reajuste, novamente reduza o valor da Cide (contribuição regulatória do preço de combustíveis) para evitar repasses ao consumidor.

 

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, já havia avisado sua chefe, a presidente Dilma Rousseff, que a estatal estava com sua capacidade de elevar investimentos comprometida por dois motivos: defasagem no preço dos combustíveis e valorização do dólar.

 

O aumento da cotação do dólar atinge a estatal porque ela tem dívidas no exterior e importa gasolina e diesel para suprir o mercado interno.

 

A queda no valor do barril verificada nas últimas semanas, que reduziria custos da empresa, está sendo quase totalmente anulada pela a valorização do dólar.

 

A presidente Dilma espera contar com a empresa para alavancar o ritmo de investimentos do país a fim de tentar reaquecer o crescimento da economia brasileira.

 

O Palácio do Planalto está preocupado com o risco de o país crescer em 2012 abaixo do registrado no ano passado, quando o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu apenas 2,7%.