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NOTÍCIA

Baiano propõe debate sobre invasão de frigoríficos e desvalorização do boi

Data: Quarta-feira, 06/06/2012 00:00
Fonte: Da Assessoria/ Naiara Martins

O deputado Estadual Baiano Filho (PMDB), requereu durante sessão vespertina desta terça-feira, 05.06, a realização de uma audiência pública para debater o monopólio exercido por alguns frigoríficos sobre a comercialização da carne bovina em Mato Grosso. A intenção do deputado é trazer à tona as dificuldades enfrentadas pelos pecuaristas, que se veem refém da desvalorização imposta pela indústria frigorífica que se expande dentro do estado.

 

“Estamos preocupados com os incentivos que o setor tem recebido e que tem sacrificado os nossos produtores com a invasão de frigoríficos em Mato Grosso, por exemplo, a Friboi está em Barra do Garças, já possui garantias de instalação em Nova Xavantina, está em Água Boa, Confresa e nos próximos dias se instala em Vila Rica, não podemos permitir a desvalorização do nosso boi, e o próprio BNDES tem incentivado a instalação desses grandes grupos no Brasil”, protestou Baiano Filho.   

 

BOI EM NUMEROS - O Brasil tem quase 210 milhões de cabeças de gado, em mais de 200 milhões de hectares de pasto. Em dez anos, a produção de carne bovina saltou de 3 para 10,3 milhões de toneladas, o que possibilitou ao país exportar 1,23 milhão de toneladas para mais de 140 países liderando.

 

Com base em 2010, a cadeia gera uma movimentação financeira de US$ 167,5 bilhões e arrecada US$ 16,5 bilhões em impostos agregados, abastecendo cerca de 50 segmentos industriais com matérias-primas. Somando os empregos diretos, indiretos e induzidos, a cadeia oferece 6,32 milhões de oportunidades.

 

Os pecuaristas rendem um mercado anual de US$ 11,39 bilhões às empresas de insumos. Já os frigoríficos faturaram com carne e outros produtos cerca de US$ 42 bilhões, sendo 89% no mercado interno e 11% provenientes de exportações.

 

Cerca de US$ 1,1 bilhão foi gerado com as vendas de couros no mercado interno e as exportações geraram um faturamento para os curtumes de US$ 1,7 bilhão. (Folha de São Paulo, Caderno Mercados, 28/04/12).