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NOTÍCIA

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Madeireiras de Juína cobra reajuste salarial de 15%

Data: Terça-feira, 29/05/2012 00:00
Fonte: Assessoria de Imprensa do STIMAJUR

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Madeireiras de Juína e Região (STIMAJUR), começou a negociar com o Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (SIMNO), através de convenção coletiva, o aumento salarial dos trabalhadores da categoria.

 

Por duas vezes os sindicatos tiveram a oportunidade de se reunir visando decidir o valor do reajuste que os trabalhadores terão, já que esses profissionais estão há mais de um ano sem ter aumento de salário. A pauta foi elaborada pelo STIMAJUR no mês de abril deste ano e enviada ao sindicato patronal (SIMNO), que desde então vem oferecendo sua contra-proposta.

 

A negociação coletiva de reajuste salarial é regida por lei. A proposta do STIMAJUR é de 15%, que fica quase no valor do salário mínimo, porém o patronal não aceitou e foi oferecido novamente os 15% no piso, porém dividido em duas vezes, sendo 7,5% em 01 de Maio, que é a data base dos trabalhadores, e os outros 7,5% em Janeiro de 2013, quando aumenta o salário mínimo do Governo Federal.

 

Segundo o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Madeireiras de Juína e Região (STIMAJUR), João Alves da Luz, foi pensado dessa forma para que quando aumentar o salário mínimo do Governo o ganho dos trabalhadores não fique abaixo.

 

"Mas não aceitaram ainda, e para quem ganha acima do piso nós fizemos a proposta de 9%. A proposta deles (do patronal) é que seja 6%, antecipado agora, mas a proposta em si é 7% no piso e 6% acima do piso, inclusive chegaram a orientar as empresas a darem já esses 6% na antecipação, mas nós não concordamos", disse.

 

João explicou que não concorda com esses 6% de aumento imediato já que as empresas vão entender que só precisam dar esses 6%, ficando livres de novo aumento.

 

"Com o aumento de apenas 6% muitos trabalhadores vão ficar com uma impressão ruim do nosso sindicato achando que agente só fechou 6%, sendo que na verdade agente não quer fechar só isso, porque é muito baixo, estamos há um ano sem aumento e dando esses 6% vamos ficar mais um ano sem reajuste", ponderou.

 

Para o Presidente João Alves da Luz, é mais do que justo os trabalhadores receberem o aumento de salário, uma vez que tudo aumentou, principalmente os produtos que compõe a cesta básica.

 

"Agente sabe que as empresas têm suas dificuldades, também sabemos que elas estão ganhando dinheiro, mas nós não tivemos reajuste nem do que nós perdemos no poder de compra, nosso salário baixou muito nesse ano passado com referência a mercadoria, a cesta básica que aumentou, então nós não podemos fechar uma negociação coletiva sem um ganho real em cima disso, acho que é uma falta de consideração com nós trabalhadores", finalizou.

 

Proposta patronal

 

A proposta do sindicato patronal é de 7% para os níveis 1 a 4, 6,5% para o nível 5 e 6% para os níveis acima. Se enquadram nos níveis 1 a 4 os trabalhadores que ganham R$ 649,58 (nível 1) R$ 662,33 (nível 2), R$ 673,47 (nível 3) e R$ 788,95 (nível 4), respectivamente. No nível 5 se encaixam os trabalhadores que ganham R$ 1.021, 89 e nível 6 acima desse valor.

 

Nessa proposta os trabalhadores terão R$ 42,50 de aumento (nível 1), R$ 43,33 (nível 2), R$ 44,06 (nível 3), R$ 51,61 (nível 4) e R$ 62,37 (nível 5).