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NOTÍCIA

Escola de Juína promove mutirão de saúde

Data: Segunda-feira, 21/05/2012 00:00
Fonte: PATRÍCIA NEVES, Assessoria Seduc

Alunos da Escola Estadual Padre Ezequiel Ramin, da cidade de Juína, promoverão um grande mutirão de cidadania e saúde na cidade no próximo dia 5 de junho, associando educação ambiental e saúde. A proposta pedagógica interdisciplinar integra o projeto “Plante uma flor e acabe com a dor”. Dez mil sementes da planta crotalária serão distribuídas durante um mutirão área central da cidade, no entorno da unidade e do bairro Módulo 5, onde está instalada a unidade.

 

O idealizador do projeto, o pedagogo José Rodrigues Filho, explica que o plantio da crotalária em terrenos baldios, quintais, jardins, vasos e inclusive nas margens dos rios, atrai a libélula que põe seus ovos em água parada e limpa, da mesma maneira que o Aedes Aegipty. Os ovos das libélulas nascem e se alimentam das larvas dos outros mosquitos. A ação possibilitará uma intensa reflexão sobre o equilíbrio da natureza e a relação mútua entre plantas e insetos.

 

Segundo ele, para que a atividade pedagógica fosse desenvolvida os estudantes realizaram inicialmente um trabalho de pesquisa buscando dados sobre as pessoas que contraíram a doença. Diante da constatação do elevado índice da doença, buscaram pesquisar alternativas para mudar o cenário atual. Em Mato Grosso de 1º de janeiro até o dia 10 de maio, foram contabilizados 19.781 casos da doença (dados da Secretaria de Estado de Saúde).

 

“Estamos inseridos em um bairro carente. A infraestrutura é precária e buscamos o envolvimento de todos sobre a questão. Temos a parceria da Secretaria de Agricultura e de comerciantes locais”, pontua o professor. Por meio da parceria a unidade conseguiu a impressão de dois mil folhetos explicativos sobre a planta. Cada um deles será entregue com cinco sementes da crotalária.

 

Para a gerente de educação ambiental da Secretaria de Estado de Educação, Giselly Gomes, a prática é de extrema valia. Provocar o debate com a sociedade, promover a conscientização, possibilitar a mudança de cenário por meio da adoção de medidas práticas, ajuda na adoção de uma nova mudança frente aos problemas. “Sabemos que as ações não podem ocorrer de maneira isolada, principalmente em se tratando da dengue”.

A prática ambiental reúne alunos da 1ª Fase do 1º Ciclo, e da 3ª Fase do 3º Ciclo e da  Educação de Jovens e Adultos (EJA).

 

Outras Experiências

 

O autor do projeto expõem que essa não é a primeira prática ambiental a ser adotada pela unidade. Desde 2010 eles já desenvolvem atividades visando à conservação do meio ambiente por meio do Projeto Escoteiro Escolar. Cerca de 150 alunos desenvolvem, voluntariamente, ações de conservação do espaço escolar e ajudam na promoção da limpeza, assim como atuam como verdadeiros vigilantes do meio ambiente.

 

“Desligam as luzes, os ventiladores, prestam orientação a comunidade, são monitores das pessoas que visitam a escola. Um verdadeiro trabalho de cidadania”. Ele pontua que os reflexos podem ser avaliados tanto na disciplina como na disponibilidade de participantes. “Temos muitos pedidos de inclusão e nem conseguimos atender a demanda de voluntários”, finaliza.

 

A escola atende a cerca de 1,2 mil estudantes (Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos).