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NOTÍCIA

Futebol Americano é tema de pesquisa inédita em Cuiabá

Melhoria na performance e a prevenção de lesões são alguns dos objetivos do projeto

Data: Terça-feira, 15/05/2012 00:00
Fonte: Da Assessoria/ Caroline Pilz Pinnow

Um programa inédito realizado pelo curso de Fisioterapia da Universidade de Cuiabá (UNIC) pretende avaliar o perfil físico e funcional dos jogadores de futebol americano do Cuiabá Arsenal. Ao todo, 50 atletas participarão de vários testes que devem acontecer entre maio e junho. A pesquisa é inédita no Brasil e deve ser usada para futuros estudos que preveem a melhor performance dos atletas e a prevenção de lesões.

 

De acordo com a Diretora da Faculdade de Fisioterapia da UNIC, Margarete Lovato, na bibliografia científica são encontrados muitos trabalhos semelhantes em diversas modalidades esportivas enquanto que no futebol americano poucos trabalhos foram encontrados e nenhum deles realizados no país. Segundo ela, desde 2006, a equipe vem sendo acompanhada de perto por professores e acadêmicos do curso de Fisioterapia. “Ao observar o crescimento deste esporte e diante do privilégio de estarmos próximos de uma das melhores equipes do Brasil percebemos que teríamos potencial de desenvolver esta pesquisa aqui”.

 

O planejamento do programa foi realizado em 2011. Ao todo serão três etapas de trabalho, desde a coleta de dados pessoais e esportivos, dados antropométricos sendo aferido peso, altura, porcentagem de gordura, água corporal, massa muscular e peso dos ossos, além do histórico de lesão tais como: tipo de lesão, número, localização anatômica e o tratamento realizado.

 

A última fase de análise consiste em uma série de testes físicos que serão realizados na Clinica Escola de Fisioterapia da Unic e na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), onde são realizados os treinos. São eles: RAST (potencial anaeróbico), corrida de 20 metros (potencial de explosão muscular), dinamômetro (força de preensão palmar), banco de Wells (flexibilidade) e impulso vertical (potência muscular nos membros inferiores).

 

Os resultados farão parte do trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Fisioterapia das acadêmicas Josieli Comachio e Patricia Rietjens, orientadas pelos professores Margarete Lovato e Otávio Palacio Favaro. “Acreditamos que esse é apenas o começo de projetos maiores de pesquisa e analises da modalidade. Objetivamos divulgação a nível nacional e internacional”.

 

O jogador de linha ofensiva, Paulo César Machado Ribeiro, observa que o interesse demonstrado pela universidade em estudar a fundo o futebol americano significa que a cada dia o esporte e seus participantes estão ganhando espaço e importância. “Ter uma recuperação mais rápida e evoluir fisicamente são aspectos fundamentais para o esporte”. O futebol americano tem atletas dos mais distintos biótipos, de 16 a 35 anos, de 50 a 125 quilos, e o projeto trabalhará com cada um deles. “É um grande passo para o esporte em Mato Grosso e no país”.

 

“É uma honra muita grande e uma ajuda tremenda poder contar com o apoio dessa faculdade”, afirma o presidente da equipe, Orlando Ferreira. Segundo ele, o curso de fisioterapia é um grande apoiador da equipe principalmente em dias de jogos. “Eles realizam o primeiro atendimento, e também o atendimento clínico, auxiliando na recuperação de atletas lesionados”. Durante esses contatos os profissionais sempre passam dicas e informações que ajudam os atletas no trabalho físico, o que afeta positivamente o desempenho em campo e ajuda na prevenção de lesões.

 

Para Orlando fazer parte de um trabalho científico junto com a Faculdade de Fisioterapia é de grande importância para a equipe e reforça os laços dessa parceria. “O Arsenal apoiará as acadêmicas e os professores envolvidos na condução dos trabalhos e estamos curiosos com o resultado do estudo”.