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NOTÍCIA

Confrontos matam 64 na Síria; satélite mostra ofensiva do regime

Imagens de satélite mostram tanques do regime sírio se movendo em Deraa e Idlib, em ataques às cidades

Data: Sábado, 07/04/2012 00:00
Fonte: FOLHA de SP/ DA EFE, NO CAIRO

Ao menos 64 pessoas morreram neste sábado em confrontos entre opositores e forças do regime do ditador Bashar al Assad em diferentes pontos da Síria, informou o grupo opositor Comitês de Coordenação Local. As mortes acontecem em meio a visita de observadores da ONU (Organização das Nações Unidas).

 

Conforme o grupo, 36 mortes foram confirmadas na localidade de Latmaneh, na província central de Hama, um dos maiores centros rebeldes, em uma ação das forças do governo. Os comitês afirmam que o Exército cercou Latmaneh ao amanhecer e bombardeou a região de forma indiscriminada.

 

O grupo afirma que muitos prédios ruíram após a ofensiva e moradores ficaram soterrados nos escombros das construções. Depois do bombardeio, os soldados invadiram a localidade e atiraram indiscriminadamente.

 

Na província de Homs, outro centro de concentração dos opositores, pelo menos 17 pessoas perderam a vida, a maioria no município de Deir Baalbeh. O grupo ainda confirmou óbitos em Aleppo, no norte do país.

 

Mais cedo, o Observartório Sírio de Direitos Humanos, sediado no Reino Unido, confirmou a morte de 28 pessoas em todo o país.

 

SATÉLITE

 

Os Estados Unidos revelaram nesta sexta-feira imagens de satélite que mostram o avanço da artilharia síria em regiões residenciais do país, dando sinais de que Assad não preparou ainda a retirada de tropas exigida pelo enviado especial ao país, Kofi Annan, que deverá acontecer até a próxima terça-feira (10).

 

O embaixador americano em Damasco, Robert Ford, postou as imagens na rede social Facebook, como um esforço para pressionar o ditador.

 

Na sexta (6), o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, condenou os ataques na Síria, afirmando que são uma "violação" das exigências do Conselho de Segurança da ONU.

 

"O prazo fixado de 10 de abril para tal compromisso do governo sírio não é desculpa para se seguir matando", afirmou Ban, que se disse "profundamente preocupado" com o agravamento da crise humanitária na Síria. "Os últimos relatórios sobre o aumento do número de refugiados são alarmantes".

 

De acordo com a ONU, mais de 9.000 pessoas morreram em um ano de repressão do regime aos opositores. Os ativistas afirmam que o número de vítimas supera 10.000.