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NOTÍCIA

Agricultores acham corpo que pode ser de adolescente

Mãe de Suzani Gonçalves identificou roupas que a filha estava usando; reconhecimento vai ser feito por exame de DNA

Data: Terça-feira, 20/03/2012 00:00
Fonte: Midia News/ KATIANA PEREIRA

Agricultores, residentes na zona rural de Colíder (650 km ao Norte de Cuiabá), encontraram um corpo, em avançado estado de putrefação, na manhã de sexta-feira (16), que pode ser o da menor Suzani de Souza Gonçalves, 17. A adolescente está desaparecida desde o dia 8 de janeiro deste ano.



O corpo estava enterrado em um monte de calcário, no acostamento de uma estrada vicinal, localizada a aproximadamente de 25 km do centro de Colíder. Inicialmente, os trabalhadores pensaram que era um bezerro e, somente após uma chuva, que retirou parte do calcário, perceberam que se tratava de um corpo humano.



A mãe de Suzani, a dona de casa Lenir Gonçalves, reconheceu as roupas do cadáver como sendo as mesmas que a filha estava vestida no dia em que desapareceu. O corpo estava trajado com um short jeans e uma blusa branca.



Para confirmar a identidade da jovem, foi requisitado um exame de DNA, que será realizado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), em Sinop (500 ao Norte de Cuiabá).



O exame de DNA deve sair nos próximos dias, e o corpo será liberado para a família providenciar o velório e sepultamento, caso seja confirmado que se trata mesmo da menor Suzani.



Delegado incrimina operador

 


O delegado Sérgio Ribeiro disse ao MidiaNews não ter dúvidas que o corpo encontrado é da estudante Suzani. “Os peritos foram até o local e viram que era o corpo de uma mulher. O estado de decomposição do cadáver indica que já esta morta há uns dois meses, o que bate com a época que a Suzani desapareceu. A mãe também reconheceu as roupas que ela usava”, disse o policial.



Ribeiro, em entrevista ao site ThopMidia, de Colíder, revelou que acredita que o assassino da menor é o operador de guindaste José Segala Júnior. O delegado disse não ter mais dúvidas sobre a autoria do assassinato, e acredita que o operador matou a jovem para esconder o crime de estupro.



Segundo o policial, o corpo estava jogado em uma área que é próxima a construção da hidrelétrica, onde o operador trabalhava. Além disso, testemunhas teriam visto Segala na região.

 

"Eu não tenho mais dúvidas que foi esse homem [José Segala Júnior] que assassinou aquela menina [Suzani], possivelmente, após um estupro. Eu não classifico esse individuo como um homem e sim como um monstro, que matou a jovem para encobrir seu erro. Geralmente, esse tipo de criminoso mata a mulher para esconder que a estuprou”, disse o delegado.



Segala Júnior está preso, na cadeia pública local, desde o dia 3 de fevereiro. Ele alega que é inocente e que não sabe o que aconteceu com Suzani.



Entenda o caso

 


A jovem Suzane de Souza Gonçalves, 17, desapareceu no dia 8 de janeiro. Ela saiu de casa por volta das 19h30, dizendo para a mãe que ia comer um lanche.



Em depoimento à Polícia Civil local, uma adolescente, amiga de Suzani, disse que a viu passando pela avenida central e que ela estaria em um veículo Fiat Uno vermelho.

 

Logo em seguida, a jovem recebeu uma ligação de um homem que dizia estar com a Suzani e a convidou para beber cerveja. Ela teria recusado e tentou ligar outras vezes para o celular, mas a ligação não completava.



Policiais identificaram o motorista do Uno e autor da ligação como sendo o operador de guindaste José Segala Júnior, funcionário de uma construtora que está realizando as obras da usina hidrelétrica de Colíder.



Segala admitiu para a Polícia que saiu com a menor e que manteve relações sexuais com ela. Ele disse ainda que deixou Suzani em uma avenida da cidade, já na madrugada do dia 9. Ele alegou que não tinha conhecimento do paradeiro da menor.



Ele teve a prisão decretada pelo juízo local no dia 3 de fevereiro, por ter sido a última pessoa que viu Suzani.



Outros desaparecimentos



Continua um grande mistério o desaparecimento da menor Maiana Vilela, 16. Ela sumiu no dia 21 de dezembro do ano passado e, até o momento, não há nenhuma informação sobre o paradeiro da jovem.



Ela foi vista, pela última vez, em uma agência do Banco Itaú, no bairro CPA II, em Cuiabá, quando descontou um cheque de R$ 500, dado pelo namorado Rogério Amorim, 38.



O caso esta sob os cuidados do delegado titular da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Silas Caldeiras, e corre sob segredo de Justiça.



Policiais da DHPP informam que qualquer pessoa que tiver informação sobre a localização de Maiana pode informar à Polícia, sem se identificar.



As ligações podem ser feitas aos telefones 65-3901-4825/65-3901-4823 ou nos prefixo 190 ou 197.



Também está desaparecido o menor Rayone Nascimento, 16, que foi visto pela última vez no dia 31 de dezembro do ano passado, quando participava de uma festa de réveillon no Balneário Oásis, na cidade de Aripuanã (1.002 km a Noroeste de Cuiabá).



No Boletim de Ocorrência, a família contou que o último lugar onde o adolescente foi visto foi num baile, na companhia de amigos.



Os amigos e a família prestaram depoimento, mas até o momento a polícia não conseguiu nenhuma pista que levasse ao paradeiro do garoto.



Se alguém tiver qualquer informação que leve até o paradeiro de Rayone Nascimento Lima, pode ligar para os telefones: (66) 9217-6439 (66)3565-1433.