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NOTÍCIA

Ministro da Lava Jato e mato-grossenses morreram de politraumatismo em queda de avião

Data: Terça-feira, 23/01/2018 00:00
Fonte: OLHAR DIRETO/ WESLEY SANTIAGO

Marcos Landim/TV Rio Sul/Facebook

A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou relatório, nesta segunda-feira (22), no qual informou que não há registro de pane ou mau funcionamento no sistema do avião que caiu com o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), duas mato-grossenses, um empresário e o piloto, em janeiro de 2017. Ainda conforme o documento, o comandante da aeronave não tinha visibilidade suficiente para realizar o pouso e deveria ter alternado para outro destino. Todas as vítimas morreram em decorrência de politraumatismo.

 

Segundo a FAB, mesmo com toda a experiência, o piloto Osmar Rodrigues, resolveu arriscar o pouso no Aeroporto de Paraty (RJ), mesmo com a visibilidade bem abaixo dos mínimos recomendados para pouso e decolagem. “A visibilidade horizontal da baía do Paraty no momento do acidente estava em 1,5 mil metros, muito abaixo da requerida, que é de 5 mil metros”, disse o coronel Marcelo Moreno, responsável pela investigação. Ele tentava realizar o procedimento pela segunda vez, após ter arremetido na primeira.

 

O coronel ainda acrescentou que “naquele momento [do acidente] não havia as condições mínimas de visibilidade requeridas para as operações de pouso e decolagem. O campo visual do piloto estava restrito e com poucas referencias visuais do solo”. O piloto tinha quase 7,5 mil horas de voo e, somente na aeronave que caiu, KingAir C90, quase 3 mil horas. Nos 12 meses anteriores ao acidente, ele havia feito 33 voos com destino a Paraty.

 

O relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apontou também que a principal causa da morte das cinco pessoas a bordo do avião foi politraumatismo (os impactos causados pela queda da aeronave).

 

“Ainda que tenha sido divulgado que um dos tripulantes foi encontrado com vida 40 minutos após o acidente, o afogamento foi causa acessória do acidente. A causa mortis foi politraumatismo”, explicou o coronel.

 

Duas mato-grossenses de Juína, identificadas como Maria Hilda Panas e sua filha, Maíra Panas, também estavam na aeronave que caiu. Esta última, uma jovem de 23 anos, conseguiu sobreviver a queda da aeronave que levava cinco pessoas, mas ficou presa entre as ferragens e afundou com o avião.

 

Mãe e filha foram convidadas por Carlos Alberto para um fim de semana, em Paraty (RJ). Maria Hilda morava em Juína, onde trabalhava como coordenadora de uma escola. Ela era professora e tinha pelo menos duas pós-graduações. A mulher de 55 anos nasceu em Guarapuava (PR). Já Maíra nasceu em Juína e estava morando no estado de São Paulo. Ela atuava como fisioterapeuta de uma rede de hotéis.

 

 

Os passageiros foram todos identificados, são eles: Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal; Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, empresário; Osmar Rodrigues, piloto do avião; Maira Lidiane Panas Helatczuk, massoterapeuta de Filgueiras e Maria Ilda Panas, mãe de Maira.