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NOTÍCIA

Estado lidera desmatamento na região

Mato Grosso é o que mais desmatou na Amazônia Legal chegando a 37%, seguido por Pará (32%) e Amazonas (13%)

Data: Quarta-feira, 13/12/2017 00:00
Fonte: Diário de Cuiabá/ Aline Almeida Da Reportagem

 

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As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 7.421 quilômetros quadrados em outubro de 2017


Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) referentes ao mês de outubro apontam que Mato Grosso foi responsável por 37% do desmatamento entre os Estados da Amazônia Legal. O Estado é o que mais desmatou, somando 228 quilômetros. Já em relação a degradação, a concentração foi de 23% somando 5.197 quilômetros. 



Apesar de apresentar uma redução do desmatamento em 27% comparando os períodos de agosto a outubro de 2016 e 2017, o Estado ainda é o que menos reduziu o desmate na Amazônia Legal neste período. A redução no Acre foi de 57%, no Amazonas 61% e Rondônia 58%. 



Em outubro de 2017, o SAD detectou 261 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal com uma cobertura de nuvem 27%. Considerando os alertas a partir de 10 hectares, houve aumento de 17% em relação a outubro de 2016, quando o desmatamento somou 201 quilômetros quadrados. Em outubro de 2017, o desmatamento ocorreu no Mato Grosso (37%), Pará (32%), Amazonas (13%), Rondônia (12%), Acre (4%) e Roraima (2%). 



As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 7.421 quilômetros quadrados em outubro de 2017. Em relação a outubro de 2016 houve aumento de 2401%, quando a degradação florestal somou 297 quilômetros quadrados. Em outubro de 2017 a degradação ocorreu no Pará (67%), Mato Grosso (23%) e Tocantins (10%). No Pará a degradação aumentou em 2.011%, Mato Grosso em 74% e Tocantins em 4.553%. 



A maioria (71%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em Unidades de Conservação (13%), Assentamentos de Reforma Agrária (13%) e Terras Indígenas (3%). 



O levantamento traz ainda no ranking dos 10 municípios críticos em desmatamento, cinco mato-grossenses. Na lista aparece Sinop em 2° lugar com 18,74 quilômetros de desmatamento. Em terceiro lugar aparece Cláudia, em seguida Paranaíta. A sétima posição com mais desmate é ocupada pelo município de Porto dos Gaúchos e a décima posição é de Aripuanã. 



A Secretaria de Estado de Meio Ambiente ressalta que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou uma redução de 16% do desmatamento na Amazônia, entre agosto de 2016 e julho de 2017, dos quais Mato Grosso contribuiu com uma diminuição de 10%. 



A Sema ressalta que Mato Grosso é referência nacional em política ambiental. Nos últimos 10 anos, o Estado conseguiu reduzir cerca de 80% do desmatamento, a média que era de 5.714 km², entre 2001 e 2010, caiu para 1.216,66 km², em 2016. Para uma fiscalização mais incisiva a Sema está com duas frentes importantes, uma delas é o monitoramento das áreas via sistema que traz informações em tempo real de qualquer ação de desmatamento realizada nas propriedades de Mato Grosso. A outra consiste em campanhas de fiscalização, com enfoque nos principais municípios onde há ocorrência de desmatamento ilegal, com destaque para a região Noroeste, onde Colniza registra nos últimos 10 anos as maiores taxas estaduais.