O senador licenciado Blairo Maggi (PP) continuará à frente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A garantia foi dada a ele pelo presidente da República, Michel Temer (PMDB), na quinta-feira (16).
Ao longo da semana, notícias veiculadas davam conta que Maggi deixaria o cargo em meio à uma reforma ministerial, que será feita pelo Palácio do Planalto para acomodar os aliados após a votação na Câmara dos Deputados que barrou o andamento de mais uma denúncia formulada contra o presidente pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Alan Santos/Agência Brasil Temer assegura Maggi à frente do Ministério |
A eventual saída de Maggi da Agricultura seria um dos reflexos das mudanças no Ministério das Cidades. Rachado, sobretudo com relação à manutenção do apoio a Temer, o PSDB perdeu força e o deputado Bruno Araújo decidiu deixar a pasta. A expectativa é que o comando deste ministério, com um grande orçamento, seja entregue ao PP. No entanto, para que isso se concretize, as informações davam conta que os progressistas deveriam entregar o Mapa fazendo com que Maggi deixasse o cargo.
“Não há nada oficial”, afirmou o presidente Temer nesta quinta-feira ao próprio Maggi quando foi indagado pelo assunto. Ao ministro, o peemedebista destacou que procurou o presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira, que negou qualquer coisa nesse sentido. “Seguimos trabalhando pelo setor, pelo bem do Brasil e à disposição para as decisões que forem tomadas”, destacou Maggi que deverá permanecer no cargo pelo menos até abril do ano que vem.
Esta não é a primeira vez que a saída de Blairo do Mapa é cogitada. No mês de abril ele chegou a tratar do assunto com o próprio Temer e permaneceu no cargo. Já em setembro, durante uma viagem à China, novos rumores davam conta de uma eventual substituição do senador licenciado, hipótese descartada pelo próprio presidente que deu carta branca ao ministro para continuar no setor.
Blairo assumiu o comando do Mapa em abril de 2016, logo após o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) do cargo. Para isso, ele trocou o Partido da República, sigla pela qual se elegeu ao Senado em 2010, e seguiu para o PP. Desde então, tem trabalhado na abertura de mercados para a produção agrícola brasileira, sendo apontado por interlocutores de dentro do Planalto como um dos ministros mais eficientes.
Além de ter atuado fortemente na manutenção de bons resultados na balança comercial, ele conseguiu reabilitar os produtos pecuários do país após a deflagração da Operação Carne Fraca.