Operações simultâneas do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar são realizadas em três comunidade do Rio, na manhã desta quarta-feira (27): na Rocinha, no Complexo do Alemão e no Vidigal.
As ações ocorrem um dia depois de mensagens em redes sociais afirmarem que o traficante Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, pivô dos últimos confrontos na Rocinha, teria se escondido no Complexo do Alemão. Também houve boatos de que o rival de Antônio Bomfim Lopes, o Nem, esteja circulando entre Rocinha e Vidigal (entenda como 157 e Nem foram de aliados a inimigos).
A PM confirmou que a ação no Alemão e no Vidigal têm relação com os desdobramentos da crise de segurança na Rocinha, cercada pelas Forças Armadas desde sexta-feira (27), após a intensificação da guerra entre traficantes. Ao todo, já são 54 pedidos de prisão em aberto já determinados pela Justiça do Rio.
No Complexo do Alemão, a atuação é do Batalhão de Operações Especiais (Bope) na comunidade da Fazendinha. Moradores da região relataram na internet que ouviram tiros durante a madrugada, desde as 4h. A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da região ainda não informou sobre registro de tiroteios.
Na Rocinha, a atuação é do Batalhão de Choque e do Batalhão de Ação com Cães (BAC). Nesta madrugada, não houve registro de tiroteios, e os moradores pedem que as escolas sejam reabertas. A Rocinha vive, há mais de uma semana, sob o terror de uma disputa de poder dentro da facção criminosa que domina o tráfico de drogas na favela.
Homens armados na Rocinha
Segundo relatos de moradores ao repórter Pedro Neville, da GloboNews, traficantes armados ainda são vistos livremente pela comunidade. O Disque Denúncia, até esta terça, havia recebido 310 ligações com informações sobre crimiosos.
No Vidigal, quem faz a operação é o BAC, segundo a corporação. Não há informação sobre tiroteios, feridos ou presos.
Operação na Baixada
Outra grande operação é realizada na Baixada Fluminense, com as Forças Armadas, em apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública, nas comunidades do Barro Vermelho, Sapinho e Geruza. O porta-voz do Comando Militar do Leste, Coronel Roberto Itamar, afirmou que a ação não possui nenhuma relação com a operação na Rocinha.
Cerca de 500 homens participam das ações na Baixada, que haviam cumprido quatro prisões até as 9h. Como ocorre na Rocinha, as tropas federais cercam as favelas para que a polícia cumpra os mandados de prisão e de busca e apreensão.