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NOTÍCIA

Dois imóveis do Modelo serão leiloados

Data: Quarta-feira, 20/09/2017 00:00
Fonte: A Gazeta

Dois imóveis da massa falida do Grupo Modelo serão leiloados me novembro. Os imóveis localizados na avenida Miguel Sutil, no bairro Senhor dos Passos, e na avenida Brasil, no bairro CPA 2, ambos em Cuiabá, serão leiloados com lance mínimo de R$ 10,640 milhões e R$ 4,235 milhões, respectivamente, pela empresa Kleiber Leilões. O Grupo Modelo entrou em recuperação judicial em fevereiro de 2013, mas diante da impossibilidade de recuperação, a falência foi decretada em outubro de 2014. Desde então, a massa falida se desfaz de bens para pagar os credores.

 

João Vieira

Ambos os imóveis foram arrendados pela rede Comper, sendo que um está ocupado

As duas unidades que irão a leilão foram arrendadas pelo supermercado Comper. A loja localizada na avenida Miguel Sutil está ocupada pela empresa e a outra no bairro CPA 2 encontra-se desocupada. A rede supermercadista foi contatada para saber se há interesse na compra dos imóveis, mas preferiu não se pronunciar. No entanto, o edital do leilão publicado pela Justiça antecipa que o contrato de arrendamento com prazo de vigência até 11 de novembro de 2020 não prevalecerá após o arremate.

 

As unidades terão lance inicial abaixo do valor de avaliação, estimado em R$ 13,460 milhões e R$ 5,290 milhões, respectivamente. O leilão será realizado em 2 lotes correspondentes a cada um dos imóveis no dia 13 de novembro às 14h de forma presencial no endereço da empresa leiloeira e simultaneamente de forma eletrônica pelo site www.kleiberleiloes.com.br.

 

Poderão participar da alienação, pessoas físicas e jurídicas, exceto devedoras da massa falida do grupo. Os interessados deverão se inscrever até o dia 10 de novembro para participar do leilão de forma presencial ou eletrônica e terão que pagar um caução de R$ 100 mil. O Grupo Modelo chegou a contar com 36 unidades, entre supermercados, hipermercados, transportadoras, centros de distribuição e atacado, restaurantes e farmácias localizadas nas Cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Tangará da Serra, Primavera do Leste e Rondonópolis, empregando cerca de 3 mil trabalhadores diretos e mil indiretos.

 

Na época em que deu entrada no pedido de recuperação judicial, a empresa informou que a sua crise iniciou no ano de 2007, quando a dívida bancária chegou a R$ 77 milhões, representando 17,5% do faturamento anual de R$ 430 milhões. O endividamento evoluiu, saindo do patamar de R$ 32 milhões em 2010 para R$ 121 milhões em 2012. A perda de crédito da empresa afetou o fluxo de caixa e gerou um efeito cascata que resultou na perda de faturamento, necessitando recorrer à recuperação judicial, a qual não obteve êxito.