O fotógrafo Reginaldo da Silva, de 37 anos, teve as redes sociais invadidas após a circulação de um boato de que ele era suspeito de estuprar uma criança no município de Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá. Ele foi avisado por amigos de que uma foto dele tinha sido vinculada à ficha criminal de um homônimo e que essa montagem circulava no WhatsApp.
Reginaldo, que mora em Cuiabá, disse ter sido hostilizado e xingado na web por causa da informação falsa e, por isso, procurou a polícia para registrar um boletim de ocorrência.
“Invadiram minhas redes sociais, conseguiram o número do meu telefone. Me chamavam de vagabundo, perguntavam como eu tinha coragem de fazer aquilo com uma criança. Eram inúmeros xingamentos”, disse.
As mensagens começaram a circular em março deste ano. Com medo de sofrer alguma violência física, Reginaldo registrou um boletim de ocorrência em março deste ano para denunciar o caso.
“Tive medo de que algo mais sério acontecesse comigo ou com alguém da minha família”, afirmou.
A montagem, com a foto do fotógrafo e a ficha criminal do homônimo, foi feita por um grupo de amigos de Reginaldo. “Eles pegaram uma das minhas fotos na rede social e fizeram a montagem”, explicou.
A princípio, a 'brincadeira' era para ficar apenas entre os amigos. Porém, quando um deles compartilhou a imagem, o boato tomou proporções maiores.
“Um foi mandando para o outro, que mandou para mais um e, de repente, todo mundo tinha a montagem”, contou.
Apesar das consequências, a amizade não foi desfeita. Segundo Reginaldo, ele relevou para manter o relacionamento. “São todos amigos do convívio diário. Então, é melhor relevar, deixar para lá e seguir a vida”, disse.