O juiz federal Sérgio Moro foi condecorado na manhã desta quarta-feira (19/04), com a Ordem do Mérito Militar, em cerimônia de comemoração do Dia do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília. Moro já estava presente quando o presidente Michel Temer chegou ao local e o cumprimentou.
O juiz que comanda a Operação Lava jato na primeira instância não quis responder perguntas da imprensa. Ao ser questionado sobre o relatório do projeto que atualiza a lei do abuso de autoridade, Moro disse que só falaria sobre o dia do Exército.
Na cerimônia, o comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, falou que o país passa por "incontáveis escândalos de corrupção" e "aguda crise moral".
"A aguda crise moral, expressa em incontáveis escândalos de corrupção, nos compromete o futuro", declarou o general, que criticou a sobreposição de "lutas por interesses pessoais e corporativos" ao interesse nacional.
"Esse momento tão grave não pode servir a disputas paralisantes", emendou, logo antes de dizer que "não há atalhos fora da Constituição".
Moro e Temer cumprimentaram-se rapidamente. O relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin, também estava na lista de agraciados com a comenda mais alta do Exército, mas não compareceu, assim como o colega Luis Roberto Barroso.