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NOTÍCIA

Atuação mágica de Isco marca vitória do Real Madrid

Data: Sábado, 15/04/2017 00:00
Fonte: Por Rodrigo Rebelo, do Conexão Merengue
 

Que todos os jogos do Real Madrid até o fim da temporada serão decisivos, isso todos já sabem. E hoje, no El Molinón, a vitória sobre o Sporting Gijón foi mais um desses capítulos. Com o time reserva em campo (exceto por Sergio Ramos e Marcelo, que entrou no segundo tempo), o time de Zinédine Zidane sofreu mas, no último minuto, conseguiu a vitória por 3 x 2, com um belo gol de Isco, batendo forte de fora da área.


 

A atuação do malaguenho foi o grande destaque do confronto. Mas quem abriu o placar foi o Gijón, aos treze minutos. Após belíssimo passe de Mikel Vesga, o atacante Cop entrou sozinho na área, em um monumental falha da defesa, e fez o primeiro gol da partida. E foi aí que começou o baile de Isco, apenas três minutos depois, recebendo passe na entrada da área, saindo de três marcadores e batendo forte de esquerda, sem nenhuma chance para Cuéllar. O meia, então, ditou o ritmo do primeiro tempo. Praticamente todas jogadas passavam pelos seus pés e, sem Modric e Kroos, ele era o principal responsável por fazer a bola girar, na medida do possível, tentando de encontrar espaços na defesa do time asturiano.


Isco flutuava por todo meio campo. Começando a jogar na direita, caía frequentemente pela esquerda, invertendo com James, mas ali encontrava certa dificuldade para trocar passes, já que Coentrão, claramente sem ritmo de jogo, não oferecia opções de tabela e inversões rápidas. O espanhol cruzava, cortava para o meio e infernizava a defesa do Gijón, com dribles curtos e sempre oferecendo enorme perigo. O ataque madridista, formado por Lucas Vázquez, Morata e Asensio também dependia bastante das opções criadas pelo meia, mas o placar seguiu empatado até o final da primeira etapa.


Getty Images
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Quem tira a bola dele?

No segundo tempo, Isco seguiu tratando a bola com enorme carinho, mas com menos contundência no ataque. Ainda assim, era de suma importância para o esquema de Zizou. James cresceu um pouco de produção, mas o jogo seguia nervoso, sobretudo porque o Gijón desempatara na primeira jogada de ataque, em cabeçada de Mikel Vesga, em que Nacho falhou miservelmente. A entrada de Marcelo mudou o panorama da partida e logo no primeiro lance o brasileiro iniciou a jogada na esquerda, entregando para Isco que passou para Danilo. O lateral direito brasileiro lançou certeiramente na cabeça de Morata, que empatou novamente a partida. Era o sinal de que Isco voltaria a brilhar e a magia voltou a aparecer. Com um companheiro de qualidade pela esquerda, o meia mostrou que, definitivamente, o Real Madrid não pode abrir mão de seu futebol. Fez de tudo um pouco e quase marcou um golaço, digno de ser indicado ao Puskás, mas perdeu a bola na hora de arrematar o lance. Marcelo, na sobra, quase fez. O confronto virou um ataque contra defesa e a virada era questão de tempo, mas o gol insistia em não sair. Até que no último minuto, emulando os gols heróicos de Sergio Ramos, Isco foi o cara a dar a vitória ao time merengue, coroando definitivamente sua belíssima atuação.


O ponto negativo da partida foi a arbitragem de Fernández Borbalán e seus auxiliares. O juiz errou de forma grosseira em diversos lances, deixando de marcar claríssimos pênaltis em Sergio Ramos e Asensio, não dando cartão amarelo para Lillo por chutar Asensio fora do lance (o mesmo Lillo que fez o pênalti em Ramos), não dando um escanteio que até um cego enxergaria (e logo na sequência saiu o gol do Gijón) e, principalmente, permitindo que o time da casa praticasse o anti-jogo a que se porpôs. Por mais que tenha ficado na frente do marcador duas vezes, o Gijón claramente jogava por uma bola, um contra ataque, ou uma falha do Real Madrid (e assim saíram os seus gols). De resto, o time, antepenúltimo colocado na tabela, apenas se defendeu e distribuiu jogadas violentas que poderiam ocasionar sérias lesões, além de faltas táticas no claro intuito de parar jogadas que poderiam ser perigosas.


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Quando o apitador se destaca tanto é porque fez besteira

Terem terminado com 11 jogadores em campo mostra como a arbitragem foi caseira e repleta de erros, do começo ao fim da partida. Mas nem isso foi suficiente para frear o ímpeto vitorioso do Real Madrid, que mais uma vez mostrou entrega e luta até a hora do apito final. Um time que cheira a título, mas que ainda precisa trabalhar muito para concretizar o que foi planejado no começo da temporada.