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NOTÍCIA

Licitação em Poconé é barrada com suspeitas de direcionamento para empresa

Data: Sexta-feira, 27/01/2017 00:00
Fonte: PocoNet
 
 
 
 
Sob o comando do advogado Marco Marafon, a Secretaria de Educação de Mato Grosso tem dado mostras de ineficiência e falta de resultado, como se não bastasse os erros e suspeitas que ainda pairam sobre a pasta, mesmo após operação policial que no ano passado desbaratou uma quadrilha acusada de fraudes em licitações.
 

A assessoria tem espalhado na imprensa que suspendeu algumas licitações para adequação de projetos ou conveniência administrativa. Um levantamento do Muvuca Popular, no entanto, revela o real motivo porque as licitações estão caindo.

 

Algumas estão sendo acusadas de erros de cálculo nas planilhas, sobrepreço, erros no cálculo do BDI e muitos outros, bem como exigências descabidas no editais acerca de itens irrelevantes para construção de escolas como possuir atestados de execução de "piso porcelanato" demonstrando clara intenção de direcionar a licitação e 'filtrar' licitantes indevidamente.

 

Em 10 de janeiro de 2017 a Seduc suspendeu o pregão 04/2016 para construção de uma quadra poliesportiva no município de Poconé. A justificativa é para que se esclareça as denúncias protocoladas sobre a tomada de preços.

 

Na terça (24), foi suspenso o processo licitatório 561428/2016 para construção de uma escola em aldeia indígena na cidade de Juína. De acordo com a Seduc, a suspensão de deu por conta de conveniência e oportunidade administrativa. A alegação por si só é conveniente e não menos suspeita.

 

Já em 18 de janeiro, a concorrência pública 01/2016 para construção de uma escola padrão em Cuiabá também foi suspensa. A justificativa desta vez foi alteração de projeto e no edital, demonstrando absoluta falta de planejamento e falta de rumo.

 

Por seu lado, o comando da Seduc não dá o braço a torcer, nem assume os erros, divulgando releases na imprensa tentando esconder da sociedade o que realmente acontece sob o novo secretário.

 

A comissão de licitações também parece cega aos questionamentos, e não fosse a interferência de outros setores ou do TCE, dificilmente alguns certames seriam suspensos, dando margem à muitos prejuízos para o estado, para a sociedade e para as empresas envolvidas.