A mulher do embaixador, Françoise de Souza Oliveira, foi à delegacia conduzida por policiais e não falou com os repórteres. Mais cedo, uma testemunha chegou encapuzada. Outros dois homens que foram prestar depoimento sobre o caso também não saíram mais da divisão de homicídios da Baixada Fluminense. Eles ainda não foram identificados. Um deles é policial militar.
O automóvel com a mesma placa e as mesmas características do carro alugado pelo embaixador passou por mais uma perícia na manhã dessa sexta-feira (30). Ele foi encontrado na quinta (29) embaixo de um viaduto do Arco Metropolitano. Dentro do carro havia um corpo carbonizado.
O desaparecimento do embaixador da Grécia repercutiu nos principais jornais dos Estados Unidos. Na Europa, a busca pelo corpo do diplomata foi destaque também na agência de notícias inglesa BBC e no El País, da Espanha. Na Argentina foi destaque na edição online do Clarín.
Os legistas ainda estão fazendo exames, mas nessa manhã a polícia reuniu informações suficientes para afirmar que o corpo é do embaixador Kyriakos Amiridis. Ele foi visto pela última vez na noite de segunda-feira (26), às 20h, saindo de um condomínio em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Quarenta e oito horas depois, a mulher do embaixador avisou a polícia sobre o desaparecimento.
O casal foi para o Rio de Janeiro passar as festas de fim ano. Françoise de Souza Oliveira tem parentes na Baixada. No depoimento, ela justificou a demora na comunicação dizendo que era comum ele sair sem avisar onde ia e demorar para voltar.
Segundo a polícia, o embaixador foi morto na casa dele. Dois cumplices que teriam ajudado a executar o crime também já estão com a prisão preventiva decretada. O nome deles não foi divulgado. O embaixador e a brasileira eram casados há 15 anos.
O Itamaraty ainda não se manifestou sobre a confirmação da morte do embaixador grego.