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NOTÍCIA

MT recebe recurso contra a malária

Estado fechou o primeiro semestre do ano com uma redução de 30,3% no número de casos da doença, em relação ao ano passado

Data: Quinta-feira, 15/12/2016 00:00
Fonte: Diário de Cuiabá/ JOANICE DE DEUS

 

ARQUIVO/DC
Diagnóstico de malária: número de casos diminuiu 30% em Mato Grosso, em um ano


Dos quase R$ 12 milhões que o Ministério da Saúde (MS) pretende investir nos nove estados localizados na região Amazônica para intensificação das ações de combate e controle da malária, Mato Grosso vai receber R$ 431 mil, que serão distribuídos entre cinco municípios mato-grossenses.



Conforme informações do MS, os recursos, repassados em parcela única do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos Municipais de Saúde de Aripuanã (R$ 20 mil), Colniza (R$ 192,7 mil), Juína (15 mil), Nova Bandeirantes (R$ 183,7 mil) e Rondolândia (R$ 20 mil).



Dados divulgados em junho passado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT) mostravam que Mato Grosso fechou o primeiro semestre do ano com uma redução de 30,3% no número de casos da doença, em comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a junho, foram registrados 216 casos da malária contra 310 casos no mesmo período de 2015.



Dentre os casos registrados esse ano, 208 eram de malária vivax e sete falciparum, considerada uma das formas mais graves. Os casos foram registrados em 29 municípios e duas cidades apresentaram risco para surto/epidemia de malária, sendo Colniza, considerado de médio risco, e Nova Bandeirantes, classificado de baixo risco.



Além de Mato Grosso, os R$ 11,9 milhões contemplam o Acre (R$ 2,6 milhões), Amapá (R$ 1,4 mi), Amazonas (2,8 mi), Maranhão (R$ 883 mil), Pará (1,8 mi), Rondônia (R$ 1 milhão), Roraima (R$ 678 mil) e Tocantins (R$ 188). A área é a que concentra mais de 99% dos casos de malária registrados no país.



O dinheiro é destinado à operacionalização de ações de eliminação da doença no estado, com ênfase na malária por Plasmodium falciparum, permitindo reforço nos transportes, ações de controle vetorial, diagnóstico, infraestrutura e material de informática.



Para isso, as secretarias de Saúde dessas cidades deverão adquirir insumos e equipamentos como veículos, barcos, microscópios e computadores. Portaria que autoriza esse repasse foi assinada recentemente pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros.



Segundo o MS, buscando atingir os Objetivos do Milênio (reduzir 75% a incidência da malária entre 2000 e 2015), o Brasil avançou muito no controle da doença. O número de casos notificados caiu de 615.246 em 2000 para 143.162 em 2015, uma redução de 77%, sendo o menor número dos últimos 36 anos.



Na mesma tendência, é observada queda de 86% no número de óbitos, reduzindo de 243, em 2000, para 34 em 2015. “O Ministério da Saúde não tem medido esforços para controlar e prevenir a doença no país. As ações, em conjunto com estados e municípios, têm demonstrado resultados positivos a cada ano”, destacou o ministro Ricardo Barros.



A meta lançada pelo Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária é de alcançar, no ano de 2019, no máximo 100 mil casos autóctones da doença e 10 mil registros de malária por Plasmodium falciparum. Para 2016, a meta estabelecida é de não ultrapassar os 19 mil casos autóctones de malária falciparum.



Para isso, o MS garante que trabalha no controle e na prevenção da malária, definindo estratégias e pactuando metas, mantendo o suprimento de antimaláricos e inseticidas, investindo em infraestrutura, aperfeiçoando as ferramentas de diagnóstico.



Como parte dessas ações tem financiado pesquisas voltadas para o monitoramento da eficácia dos tratamentos, da resistência dos mosquitos transmissores da doença, das avaliações do programa, da contabilidade de gastos dos programas, além de pesquisas voltadas para identificar estratégias inovadoras para alcançarmos os objetivos propostos.